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Balanço das agências de checagem – junho

Balanço das agências de checagem - junho

Balanço das agências de checagem – junho

Ivo Henrique Dantas | Universidade Federal de Pernambuco

Ao longo do mês de junho, somados, o projeto Comprova, que reúne mais de vinte veículos de comunicação, e a Agência Lupa analisaram 64 informações falsas ou descontextualizadas que circularam pelas principais plataformas de redes sociais e tinham relação com a pandemia.

Assim como nos meses anteriores, a Agência Lupa publicou mais desmentidos do que o Comprova acerca do coronavírus. Em junho, foram 42 materiais analisados da Lupa contra 22 do projeto Comprova.

Assim como nos meses anteriores da pandemia, grande parte da desinformação que circula pela rede tem como pano de fundo a disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro e os Governadores. Apesar de mudanças na atenção dada a certos temas, pouco se viu de mudança entre os assuntos que motivaram as notícias falsas ou deturpadas.

Balanço de junho

Segundo dados do balanço realizado pelo Coronavírus em Xeque, os conteúdos observados tiveram como foco reduzir o impacto da pandemia sobre o país, com 27% dos desmentidos abordando o número de casos e óbitos, confirmando uma tendência apresentada nos meses anteriores. Dois outros assuntos ganharam relevância nas desinformações compartilhadas em Junho: o início dos testes com vacinas no Brasil e o uso obrigatório de máscaras em diversas cidades.

Balanço junho

As fakes sobre as vacinas dialogam de forma muito próxima com movimentos antivax, ou seja, grupos que defendem teorias da conspiração sobre o uso da vacina para infectar de forma proposital a população. Ao mesmo tempo, o fato de uma das vacinas a ser testada em São Paulo ser desenvolvida na China serviu para alimentar ainda mais teorias sobre a relação entre o governador João Dória e o Partido Comunista Chinês.

Já a narrativa acerca do uso de máscaras encontra guarida em um novo movimento que vem se espalhando mundo afora, o anti-maskers, ou anti-máscaras, em português. As críticas vão desde o uso obrigatório do equipamento de proteção, que no Brasil tem sido fortemente criticado pelo presidente Jair Bolsonaro, até teorias infundadas de que o uso das máscaras acarretaria em sufocamento.

Já o debate em torno do isolamento vertical como medida para manter a economia ativa em meio à pandemia da covid-19 praticamente desapareceu das redes. Enquanto em abril essa categoria representava 17% das checagens analisadas, em junho, esse índice caiu para apenas 3% dos conteúdos. Movimento que pode ser explicado pela reabertura gradual da economia em diversos Estados e capitais.

 

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