A linha, que subentende uma zona de intersecção entre filosofia da educação e filosofia política, dedica-se ao estudo do conceito de biopolítica e de como este problematiza as noções de formação humana e processo civilizatório na cultura ocidental.
A presente pesquisa gostaria de avaliar a função da vida nua nos processos de formação humana ocidentais. Parte, portanto, de duas premissas da biopolítica agambenana; uma, todas as sociedades definem os limites de uma vida nua e, por consequência, da boa vida e daquela que pode ser descartada; outra, a Soberania e o Estado são os responsáveis pela cisão original entre uma vida nua e uma vida qualificada. Nossa hipótese de trabalho é de que a vida nua está no centro de todo processo civilizador ocidental, pois concebemos a política como instância produtora da cisão entre vida nua e vida qualificada que, deste modo, apresenta o Estado e a Soberania como dispositivos de formação humana. Na esteira de Agamben que se propõe pensar uma forma-de-vida que desative o dispositivo da cisão uma questão nos anima: seria possível ou desejável perscrutar uma formação humana que fosse anti-estatal e, portanto, anti-processo civilizador?
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6856215619355851
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