Em entrevista à Folha Fritjof Capra, Físico e Ambientalista Austríaco, compreende a pandemia do covid-19 como uma resposta do nosso planeta à desigualdade social, economia predatória e devastação ambiental.
Capra atribui ações da humanidade de punho capitalista, que prioriza interesses econômicos em detrimento dos recursos naturais, como principais autores dos impactos nos ciclos de transformações da vida no planeta. Desta forma, o físico e ambientalista austríaco, afirma ser equivocado as atuais métricas de desenvolvimento baseado no crescimento do PIB, que apenas supervaloriza nossa cultura de excessos. Com isso, nós adquirimos a crença de um progresso à custa de danos ao meio ambiente. As forças mundiais tem a ideia de um crescimento ilimitado para um planeta finito, as contas não batem no final, e esse é o grande dilema que permeia nossos problemas globais.
Nosso planeta é como organismo vivo e vai responder a estímulos de nossas ações, o Coronavírus surgiu de um desiquilíbrio ecológico que nós mesmos causamos. As crescentes consequências dessa pandemia são intensificadas por conta das nossas desigualdades sociais e econômicas de um sistema que se mostra insustentável.
O questionamento deixado por Capra, é se iremos ouvir o que nosso planeta trouxe como lições valiosas, capazes de salvar vidas. Iremos mudar nossos paradigmas e focar no que realmente importa para nossa sobrevivência nesse planeta? Conhecimento e a tecnologia necessária para isso acontecer já não nos falta, mas, teremos a vontade política necessária?
Portanto, Capra aponta mudanças e soluções que devem ser trabalhadas, e que a justiça social é uma questão de sobrevivência, a pandemia nos mostra que ações coletivas e cooperativas é a chave para conseguirmos o equilíbrio indispensável para toda a humanidade.
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