FÓRUM INTERNACIONAL

1º Fórum Internacional UFPE, os jovens na luta climática

O Reitor prof. Alfredo Macedo Gomes, o Vice-Reitor prof. Moacir Araújo da Universidade Federal de Pernambuco, junto com a Coordenadora Geral do Centro de Estudos Avançados da UFPE, prof. Maria de Jesus de Britto Leite e com o Diretor Científico do Pacto Mundial de Jovens pelo Clima da ONU, prof. Alfredo Pena-Vega, promovem o 1º FÓRUM INTERNACIONAL UFPE. OS JOVENS NA LUTA CLIMÁTICA, que acontecerá nos dias 21, 22, 23 e 24 de novembro deste ano de 2023, no Campus Recife da UFPE.

A UFPE se apresenta, neste momento, para além de sua responsabilidade de educadora, de pesquisadora, em um papel de futuro crucial, qual seja o de ser mobilizadora social e política na construção de um pensamento em conjunto com a sociedade, com os poderes públicos, com parlamentares e setores do governo federal, sobre o enfrentamento das emergências climáticas. A importância de seu papel de mobilizadora ainda mais se acentua, quando se considera que a capital do Estado, o Recife, é considerada a cidade mais vulnerável do País no que se refere aos perigos do aumento do nível dos oceanos em função do aquecimento global. Sua importância regional também a capacita a exercer este papel crucial. Ao mesmo tempo, reforça a importância do papel que ora assume, duas características de seus gestores:

a) A UFPE tem na pessoa do seu Reitor, o prof. Alfredo Macedo Gomes, o olhar especial de quem se dedicou a estudar o ensino universitário, tendo um conhecimento bastante abrangente também do ensino médio, o que lhe garante uma visão em cadeia sobre o que seja educar. Seus estudos sobre o percurso que vem trilhando a universidade pública brasileira, antes dedicada a educar a elite socioeconômica do País, e que desde as políticas públicas federais empreendidas entre 2003 e 2017, mudou o rumo de suas responsabilidades, se tornando uma educadora de massas, tornam-no fundamental a uma nova virada das universidades públicas, que agora é convocada a “educar para a dura realidade das emergências climáticas”, no dizer do professor da Unicamp, Luiz Marques;

b) A UFPE já se destaca e contribui efetivamente na luta contra as emergências climáticas na pessoa do seu vice-reitor Moacir Araújo, em conjunto com seus colegas do Departamento de Oceanografia, como grande conhecedor de clima e dos impactos que o aumento do nível dos oceanos pode causar à vida. Por intermédio do seu vice-reitor, a UFPE ainda está à frente do Observatório do Clima, principalmente vinculado ao GT Clima e Oceano.

A UFPE ainda se destaca pelo trabalho fundamental de apoio aos povos originários indígenas e quilombolas, mantendo um Curso de Formação de professores Indígenas; e com pelo menos dois programas de pós-graduação diretamente vinculados à problemática do Clima: o PPG de Oceanografia e o PRODEMA.

O Centro de Estudos Avançados da UFPE, por sua vez, também abraça a luta contra as emergências climáticas, em um trabalho que remete a 2016, quando sua atual Coordenadoria Futuro já prospectava o Futuro da Técnica e do Planeta. Atualmente, fortalece os estudos sobre o futuro do Planeta, começando a constituir uma residência em pesquisa com ênfase nas questões ambientais e climáticas; constituindo uma parceria com o professor Alfredo Pena Vega, diretor científico do Pacto Mundial de Jovens pelo Clima, da ONU; e ampliando a abrangência de seus estudos com as pesquisas trazidos pelo professor emérito da Universidade de Newcastle, Esteban Castro, Coordenador da Rede WATERLAT-GOBACIT.

Trata-se, portanto, de uma ação da UFPE que envolve outras Universidades Públicas, gestores públicos, parlamentares, setores do Governo Federal, e a Sociedade, representada por grupos sociais organizados, além de entidades estrangeiras. Uma união imprescindível, que tem por meta reunirmo-nos em dois fóruns que antecedem a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas – a COP 30 – a se realizar em Belém do Pará, em 2025, propondo atitudes para o futuro do Planeta, em um olhar desde o Recife. Até agora são nossos parceiros: a Universidade Federal do Pará, a Universidade Federal do Amazonas, o Departamento de Educação Ambiental e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente; o ministério da Pesca e Aquicultura; a Senadora Teresa Leitão, a Prefeitura da Cidade do Recife e as secretarias de Planejamento, Gestão e transformação digital e de Meio Ambiente; a Prefeitura de Olinda;

A perspectiva é de que aconteça um fórum em 2023 e outro em 2024, com temáticas que englobam a preocupação com o futuro dos jovens frente às emergências climáticas. A meta é que as discussões e ações propostas em conjunto possam se constituir em um posicionamento do grupo, sobre como contribuir para a COP 30.

Com o 1º Fórum, pretendemos construir reflexões e possibilidades de ações sobre como preparar a população, e, principalmente, os Jovens, para os enfrentamentos climáticos e para a luta organizada por frear essa condição emergencial do Planeta, daqui do nosso lugar no mundo. O professor e diretor científico do Pacto Mundial de Jovens pelo Clima da ONU, Alfredo Pena-Vega, em seu livro “Sete saberes necessários à educação sobre as mudanças climáticas, se refere à necessidade de um “aprendizado da ação pelo clima”, aprendizado este que precisa considerar todos os conhecimentos capazes de incorporar aqueles científicos e aqueles que estejam sendo praticados pelas comunidades locais. Este é justamente o espírito e o formato que queremos para o 1º FÓRUM INTERNACIONAL UFPE. OS JOVENS NA LUTA CLIMÁTICA.

Durante três dias estaremos reunidos com especialistas nacionais e internacionais, com pesquisadores da UFPE e de outras universidades brasileiras, com representantes dos poderes públicos federais, estaduais e municipais, com representantes no Congresso Nacional, com lideranças comunitárias, para debater, para conhecer experiências de comunidades tradicionais, ao mesmo tempo que prospectamos modos de proceder a aprendizados de ação pelo clima, ainda acreditando ser possível estancar a situação atual de exaustão do Planeta, frente a todo tipo de risco de perdermos nosso habitat, o lar de todas as espécies vivas que nele residem e prosperam.