A pandemia do Covid-19 atinge de formas distintas as diferentes classes sociais. O vírus que assolou primeiramente a classe mais alta da população é nas classes pobres que encontra um ambiente propicio para se instalar e agravar ainda mais a situação dos milhões de brasileiros que vivem em vulnerabilidade social. É na parcela da população mais carente que a desigualdade escancara os abismos sociais, que se intensificam com o novo coronavírus. Neste novo cenário, podemos constatar que o processo saúde, doença e morte é também um processo social, e que existe uma dimensão habitacional e territorial que é afetada mais duramente com os impactos da desigualdade.
Pensando nisso, a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e a Fundação Tide Setubal estão elaborando uma pesquisa para monitorar, mapear e avaliar a desigualdade entre diferentes classes sociais na forma de propagação, adoecimento e nas consequências do espraiamento do coronavírus ao longo de 2020. Dessa forma, questões problemas serão identificadas, como a interrupção de serviços essenciais como água potável e o transporte público, afetam diretamente as relações intrafamiliares, buscando avaliar o impacto da dimensão econômica nos moradores de comunidades.
A crise provocada pelo novo coranavírus evidencia a fragilidade estrutural de espaços urbanos e os efeitos disso diante de uma epidemia. A falta de saneamento básico e habitações em situações de precariedade tem efeitos agravantes do vírus nesses locais. Ações que introduzam qualidade habitacional nesses territórios faria com que a cidade e os espaços urbanos tivessem estratégias mais eficientes para lidar com epidemias como essa que nos assola. “A cidade vai ser o lugar que iremos reinventar o novo normal.” Saiba mais: <https://www.youtube.com/watch?v=R4AJx4Md2q0>
Nenhum comentário