Roupas apropriadas para temperaturas abaixo de zero, condições climáticas que exigem muita perícia em alto-mar e diversos equipamentos para pesquisas científicas na água e no ar. Esses são alguns dos elementos que fazem parte da rotina dos pesquisadores brasileiros envolvidos no Programa Antártico Brasileiro (Proantar). Entre os integrantes do grupo na 41ª Operação Antártica está o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Moacyr Araújo, que é professor do Departamento de Oceanografia. Ele coordena o projeto de pesquisa Mephysto, junto com o professor Jailson Bittencourt de Andrade (vice), da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
As duas universidades públicas do Nordeste do Brasil participam pela segunda vez de uma missão do Proantar, que tem gestão científica a cargo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e completa 40 anos em 2022. “Isso é motivo de muito orgulho para toda a equipe, daqui da UFPE e da UFBA. Estamos fazendo uma parte da história do Programa Antártico Brasileiro. Para nós, é um orgulho estar participando disso e participando tão bem. As equipes estão extremamente bem treinadas, suportando as intempéries, o frio intenso. Às vezes, ficamos acordados por 24 horas, 30 horas direto, fazendo campanha e todo mundo lá trabalhando. É muito inspirador ver essa dedicação toda”, afirma Moacyr Araújo.
Com o projeto “Biocomplexidade e Interações Físico-químico-biológicas em Múltiplas Escalas no Atlântico Sudoeste”, o Mephysto é um dos 16 grupos selecionados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), via edital lançado em 2018, para integrar a 41ª Operação Antártica. A equipe nordestina é multidisciplinar, com pesquisadores da Oceanografia, da Biologia, da Física e da Química e uma jornalista científica.
Reunindo cerca de 130 pesquisadores, sendo 11 integrantes do Mephysto, a missão científica foi iniciada em outubro de 2022 e terminará em abril de 2023. Parte deste período corresponde ao verão austral, que vai de dezembro a março, aproximadamente, mas isso não quer dizer que os pesquisadores navegam por mares tranquilos.
Este trabalho realizado pelo Mephysto tem parcerias com universidades brasileiras e de outros países e integra o projeto europeu AtlantECO, que também contempla investigações sobre o transporte de plástico entre os oceanos Índico e Atlântico, ao Sul da África.
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Fonte: ASCOM-UFPE.
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