O combate ao lixo no mar se apresenta como um dos principais desafios da gestão ambiental contemporânea. Estima-se que aproximadamente 80% do lixo no mar, constituído principalmente por plásticos, filtros de cigarro, borrachas, metais, vidros, têxteis e papéis, sejam originados nos continentes, estando a questão intimamente relacionada à geração e gestão de resíduos sólidos. Uma vez nos oceanos, os resíduos possuem grande capacidade de dispersão e espalhamento por marés, ondas, correntes e eventos naturais, trazendo diversos impactos ambientais, sociais e econômicos.
O lixo marinho, principalmente o plástico, tem se tornado motivo de preocupação crescente de países e da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês), por representar uma ameaça aos ecossistemas e à biodiversidade dos oceanos, criando riscos à saúde humana, prejudicando setores econômicos ligados ao mar e afetando a segurança do tráfego aquaviário, pelo aumento de incrustações, obstrução de equipamentos, perda de eficiência e necessidade mais frequente de reparos (segundo a concessionária CCR Barcas do Rio de Janeiro, em 2013, 25% do total de reparos realizados nas suas embarcações em operação na Baía de Guanabara foram em decorrência do lixo no mar). No alto mar, cargas perdidas como contêineres e apetrechos de pesca, por exemplo, podem significar uma séria ameaça à segurança da navegação.
Assista aos webinários abaixo disponíveis na página da Marinha do Brasil sobre poluição marinha:
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