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Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visita a UFPE e conhece projetos

O potencial da produção científica das universidades para promover melhorias na vida da população brasileira, e lidar com assuntos urgentes como as mudanças climáticas, foi um tema que permeou a visita da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na manhã de ontem (23). Ela tem participado de encontros em universidades brasileiras e instituições de pesquisa vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com o intuito de retomar o diálogo com a comunidade científica e ouvir demandas do setor.

“Em todas essas ocasiões, tenho reafirmado o meu compromisso com uma comunidade acadêmica forte, autônoma e bem estruturada de modo a utilizar toda a sua capacidade de transformar conhecimento em riqueza para o País e em qualidade de vida para a população”, afirmou a ministra Luciana Santos para o público que lotou o auditório do Centro de Estudos e Ensaios em Risco e Modelagem Ambiental (Ceerma) da UFPE.

A pernambucana completou: “Lembro que as universidades públicas concentram 90% da produção científica nacional. São verdadeiros centros produtores de conhecimento. Não são ambientes de balbúrdia. São instituições de excelência e têm um papel central no desenvolvimento do Brasil”.

Luciana Santos, que é engenheira eletricista formada pela UFPE e primeira mulher a ocupar o posto de ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, também abordou tópicos como o reajuste e expansão das bolsas da Capes e do CNPq, recomposição dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), ampliação do orçamento do MCTI e das agências de fomento federais e a reativação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT). A ministra destacou que as políticas públicas de ciência estarão alinhadas às diretrizes do governo do presidente Lula (combate à fome, reindustrialização, agenda climática e de transição energética e transformação digital).

“Um exemplo de ação transversal do MCTI é o trabalho conjunto que estamos desenvolvendo com o Ministério do Meio Ambiente na direção de um plano de ação para prevenção e controle dos desastres. Queremos evitar que tragédias como a que atingiu o litoral norte de São Paulo se repitam. Conversei sobre o assunto com a ministra Marina Silva. Nosso objetivo é usar a nossa melhor ciência na construção de soluções para antecipar alertas climáticos e mitigar o impacto de desastres, como deslizamentos e enxurradas”, explicou Luciana Santos.

A ministra também comentou sobre a responsabilidade de construir uma política pública que amplie a diversidade nos ambientes de pesquisa. “A questão da igualdade de gênero e raça na ciência vai além da questão da democracia e da igualdade de direitos e oportunidades que defendemos. É também uma questão de excelência”, avaliou.

Esta parte da visita da ministra foi aberta ao público. Luciana Santos, o reitor da UFPE, Alfredo Gomes, e o vice-reitor Moacyr Araújo falaram para uma plateia formada por reitores de outras universidades; pró-reitores, diretores dos centros acadêmicos, outros professores e servidores da UFPE; representantes do movimento estudantil e de organizações como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto de Pernambuco (MTST).

Entre os presentes, estavam o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFRPE), Marcelo Carneiro Leão; a reitora da Universidade de Pernambuco, Socorro Cavalcanti; o reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), padre Pedro Rubens Ferreira Oliveira; o reitor da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), Airon Aparecido Silva de Melo; a presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Márcia Angela; o secretário Nacional de Pesca Artesanal, Cristiano Ramalho; e a vereadora Liana Cirne Lins, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara do Recife.

Fotos: Raul HolandaHouve a inauguração do Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas 

SIMACLIM – O evento também marcou a inauguração do Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas (SiMAClim). “Este será o segundo centro de síntese em atividade no Brasil, o outro é focado na biodiversidade. Os pesquisadores vão analisar e sintetizar dados científicos multidisciplinares sobre 12 temas relacionados às mudanças ambientais e climáticas, transformando tudo isso em produtos que possam subsidiar o Estado brasileiro na tomada de decisões”, explicou o vice-reitor Moacyr Araújo, coordenador do SiMAClim, que funcionará no 1° andar do Ceerma.

Antes dessa parte da visita, as primeiras conversas ocorreram na Reitoria da UFPE. Junto aos pró-reitores da Universidade, o reitor Alfredo Gomes e o vice-reitor Moacyr Araújo apresentaram à ministra o Polo Tecnológico e Criativo da UFPE (Polotec) e a proposta de ocupar o Edifício Celso Furtado com a criação do Parque Tec. O projeto focado na inovação em áreas diversas já tem parte dos recursos garantidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o que garante a reforma de 3 mil m², mas tem potencial para ocupar os outros andares do edifício que foi sede da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

“As universidades são um patrimônio estratégico do povo brasileiro e a ciência é um ativo estratégico para colocar qualquer país em situação diferenciada no cenário internacional. Tivemos conversas muito positivas no gabinete junto com nossos colegas pró-reitores. Luciana pareceu bastante impressionada e disposta a fazer as articulações necessárias”, afirmou o reitor Alfredo Gomes.

Ministra, reitor, vice-reitor e pró-reitores, ao final da reunião no gabinete

PERNAMBUCO – A agenda oficial da ministra Luciana Santos no Recife também incluiu uma reunião com os reitores e vice-reitores do Consórcio Universitas PE e uma visita ao Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), que atua nas áreas de biotecnologia, nanotecnologia e microeletrônica. A unidade de pesquisa integra o MCTI e funciona na Cidade Universitária. No local, Luciana Santos participou de uma reunião com pesquisadores do Cetene, da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e do Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE).

 

Fonte: ASCOM-UFPE.

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