Programação

Local de exibição dos filmes: Cinema da UFPE

Dia 21 de agosto – Segunda-feira

Marta Kalunga | Brasil, 30′

Sinopse: Conduzidos pelo corpo/território de Marta, vamos de encontro com sua história, sua busca pela valorização da memória e preservação da cultura Kalunga, entremeadas por seu tear e dança da Sussia.

Direção: Marta Kalunga, Lucinete Morais e Thaynara Rezende

Mutsoóngo Malaávu / O Pegador de Vinho de Palma | Brasil / França, 19′

Sinopse: No coração da República Democrática do Congo, os pegadores de vinho têm um papel fundamental na vida social do povo Yoómbe. Escalam os dendezeiros para extrair esta bebida ancestral para compartilhá-la entre familiares e amigos nas aldeias.

Direção e Roteiro:  Rosa Vieira

Onde aprendo a falar com o vento | Brasil, 20′

Sinopse: Onde aprendo a falar com o vento conta a história de um grupo de jovens de Oliveira, Minas Gerais, que fundou o Reinadinho, um festejo do Reinado protagonizado só por crianças e jovens. Tendo a Capitã Pedrina como mentora, aprendem sobre sua história e a história de seus antepassados, vivenciando esta tradição afro-diaspórica como espaço de cura e aprendizagem. Convidados pelo filme, refletem sobre o papel da escola e do Reinado enquanto espaços de educação.

Direção: André Anastácio e Victor Dias

A nossa história contada e cantada em primeira pessoa | Brasil, 49′

Sinopse: Esse documentário enfatiza a importância da oralidade para a manutenção e continuidade das suas tradições e memórias dentro de Quilombos urbanos e entre aqueles que produzem a cultura afro-brasileira. A proposta é escutar as vozes do nosso povo para contar a sua própria história e entender as várias formas de produção de conhecimento dentro da diáspora africana. Para cada encontro, Hélio Abulidu e Amanda Ganimo compuseram canções para que, assim, a nossa história seja contada e cantada.

Direção: Amanda Ganimo

Etnografia ao pé da máquina | Brasil, 17′

Sinopse: O campo de pesquisa vai do ateliê de costura ao Terreiro Ilê Asè Oyá Gigan na cidade de Campina Grande (PB) dirigido por Fabrício Souza Medeiros, a interlocutora é a costureira Elainy Paulo dos Santos, o objeto é a roupa e a personagem principal é a Mestra Paulina.

Direção: Larissa Lira

Ògún, o ferreiro do mundo | Brasil, 17′

Sinopse: Ògún, o ferreiro do mundo, conta a história do Orisá ÒGÚN através do seu elemento mais significante: o ferro. E é pelas vivências e práticas de dois Ferreiros significativos do Candomblé do Rio de Janeiro e de um grande Babalawô de Ifá com descendência direta do Sumo Sacerdote de Ile Ifé que essa história é contada desde a origem da Terra, na África Ancestral, até os dias de hoje. Portanto, mesmo com o progresso tecnológico indo ao auge da transformação e da evolução na humanidade, tradições elementares do sagrado permanecem mais vivas do que nunca.

Direção: Marcia Salgueiro

Geruzinho | Brasil, 14

Sinopse: Nas ladeiras do bairro Cirurgia, os irmãos Dingo Bala, Mestre Nenê, Niquimba e Nego Dadá construíram o bloco afro Descidão dos Quilombolas, uma história sobre a importância dos tambores na conexão do povo preto à sua ancestralidade.

Direção: Juliana Teixeira, Luli Morante, Rafael Amorim

Ilú | Brasil, 10′

Sinopse: O documentário etnográfico colaborativo acompanha a construção de um tambor por Walter Mello Ferreira (Pingo Borel). Ao fabricar o Ilú, o alabê (tamboreiro) perpetua o que aprendeu com seu pai, Mestre Borel, e revela que o tambor não é só um objeto ou um instrumento musical e sim uma entidade, um fundamento da manutenção e preservação da ancestralidade, dimensão central na cultura de matriz africana.

Direção: Olavo Ramalho Marques, Jeferson Bossoni Mendes e Walter Mello Ferreira (Pingo Borel)

Berimbauzeiro | Brasil, 2021, 20’

Sinopse: No sul do Brasil, Mestre Churrasco explora sonoridades e formas de estar no mundo através da criação de berimbaus inusitados. A relação com o corpo, a natureza e a musicalidade, sempre marcada pela expressão do lúdico e pelo espírito inventivo do personagem, compõe a narrativa.

Direção: Marco Poglia, Magnólia Dobrovolski e Mário Saretta

Bomba do Hemetério é Resistência | Brasil, 17′

Sinopse: É um documentário que aborda em sua narrativa imagética duas dimensões da vida social da comunidade da Bomba do Hemetério. A primeira delas é como os moradores conjuntamente com outros movimentos sociais e coletivos lutaram para a construção de uma escola, um posto de saúde e um núcleo universitário, este último que ainda não foi concretizado. A segunda dimensão aponta para a relação do Mestre Felipe do Maracatu Nação Encanto da Alegria com a comunidade, a espiritualidade e a relevância da Nação para os jovens daquele território.

Direção Geral: Renê Nascimento

Dia 22 de agosto – Terça-feira

14:00h | Marisqueiras da Ponta do Tubarão | Brasil, 17′

Sinopse: O documentário Marisqueiras da Ponta do Tubarão, é uma viagem poética e realista pela vida das mulheres que dedicam suas vidas a pesca. O vídeo evidencia a insalubridade e periculosidade da profissão das marisqueiras da pesca artesanal. Por outro lado, elas não conseguem manter-se sem essa atividade, mesmo à margem, já que a geração de renda e de oferta de trabalho são escassas e não absorvem a mão de obra dessas mulheres.

Direção: Alexandre Santos e Meysa Medeiros

14h20 | Voltar ao campo – Recampesinización | Colômbia, 11′

Sinopse: O documentário “Recampesinisação” visibiliza o processo de “deslocamento forçado” na comunidade do Cairo na Colômbia, como também indaga o transcurso de “voltar ao campo”. O conflito histórico colombiano deixou até setembro de 2018 mais de oito (8) milhões de pessoas deslocadas, sendo o país com mais deslocados internos no mundo, de acordo com Unidade para a Atenção e Reparação Integral para as Vítimas da Colômbia (UARIV). O governo nacional está implementando diferentes programas e iniciativas para garantir a “restituição de terras” para a população deslocada. No município do Cairo no Estado do Vale do Cauca, na Colômbia, tem um interessante processo de Re- campesinisação que já tem dez anos e que foi implementado com grupos de famílias que foram deslocadas forçadamente de diferentes estados da Colômbia. Essa experiência é uma das iniciativas que, apesar dos seus inconvenientes, é bem-sucedida, em comparação a outros casos de restituição implementados no país.

Diretor: Javier Alonso Sanchez Cidade

14h50 | Senhor da terra | Portugal, França 30′

Sinopse: Salve Omulú, Senhor da Terra e de suas riquezas, Senhor da cura. Atotô!

Direção: Airla Virginia

15h20 | PAX AVANT. La palabra más antigua de Europa | Espanha, 80′

Sinopsis: “Pax avant” es la fórmula, el valor de la palabra en los Pirineos, un compromiso con la paz y con las vidas en torno a una frontera que no lo fue.

Direção: Domingo Moreno

Dia 23 de agosto – Quarta-feira

14h00 | Vãnh gõ tõ Laklãnõ | Brasil, 25′

Sinopse: Uma arqueóloga, um poeta, um pastor e kujá, uma professora e um rapper remontam a história do seu povo, os Laklãnõ/Xokleng, habitantes do sul do Brasil: o tempo do mato, a quase extinção, a retomada da língua e o protagonismo político contra o Marco Temporal.

Direção: Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá

14h30 | Resistência Indígena na Universidade | Brasil, 8′

Sinopse:

Direção:

14h40 | Memórias do fogo de 1951 | Brasil, 23′

Sinopse: Com o propósito de registrar e valorizar a memória do povo Pataxó através da oralidade dos anciões (assim como jovens e lideranças), que relatam suas memórias sobre o massacre e a resistência indígena em 1951, no contetxo das disputas envolvendo o Estado brasileiro e sociedade regional, pela posse do território do Monte Pascoal em Porto Seguro (BA), filme produzido pelo ​Núcleo de Pesquisa, Mídias e Arte (NUPOMAR).

Direção: Ramon Rafaello e Karkaju Pataxó

15h05 | Luta pela Terra | Brasil, 30′

Sinopse: Diversos povos indígenas se mobilizam em Brasília, Roraima e Amazonas frente a um importante julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Em parceria com comunicadores indígenas do Conselho Indígena de Roraima (CIR) e com o Coletivo de Comunicadores Mura, o filme apresenta a Luta pela Terra nos três territórios, trazendo as diferentes tradições e estratégias que constroem esse forte processo de resistência coletiva.

Direção: Camilla Shinoda; Tiago de Aragão.

15h35 | Direitos Humanos e Justiça em Djobel |Guiné-Bissau, 11′

Sinopse: O documentário foca a triste realidade de homens, mulheres e crianças de Djobel, vila do grupo étnico Felupe que está localizada no Noroeste de Guiné-Bissau. As pessoas de Djobel lutam diariamente contra as mudanças climáticas ocasionadas pelo efeito estufa e tentam desesperadamente construir barreiras que possam bloquear a elevação do nível do mar. Ao mesmo tempo, uma realocação da população de Djobel é quase impossível, pois esbarra em desentendimentos e rivalidades milenares com os demais grupos étnicos da região. Os habitantes buscam sobreviver em um meio hostil e pouco favorável para uma vida humana com dignidade.

Diretor: Djibril Iero Mandjam

15h50 | Ouro Surpreende a Gente | Suriname, Brasil, Holanda, 21′

Sinopse: A vida nos garimpos de ouro do Suriname é movida pelo desejo de autonomia e por um alto nível de precariedade e insegurança. O filme registra um encontro entre a garimpeira Pretinha e a antropóloga Marjo, que têm uma amizade de longa data. O que leva a brasileira a comandar um empreendimento na polêmica mineração de ouro longe da família e de casa?

Direção/Directors: Júlia Morim e Marjo de Theije

Intervalo – 16h00

16h20 | O mar que habita em mim | Brasil 12′

Sinopse:

Direção, Edição e Montagem: Luara Olívia

16h35 | Aqui de fome não morro | Brasil, 15′

Sinopse: Apesar das adversidades políticas do Brasil, agricultores, ativistas da agroecologia das periferias e favelas do Rio de Janeiro, se organizaram e garantiram a chegada do debate e da comida saudável para a população negra em diferentes territórios da cidade.

Roteiro e Direção: Leila Xavier

16h50 | Pedro e Inácio | Brasil, 23′

Sinopse: A questão agrária é uma marca profunda na identidade social e econômica que atravessa os séculos de história no Brasil. Entender os desafios do Brasil no século XXI passa necessariamente pelo entendimento da luta pela terra nesse país. O curta “Pedro e Inácio” conta uma história particular, mas que se acemelha a de centenas de pequenas comunidades no interior do Brasil que lutam por direito à terra, trabalho, justiça e dignidade.

Direção e Roteiro: Caio Dornelas

17h15 | Nafkot – Anseio | Etiópia, Israel, 70′

Sinopse: Repleto de imagens deslumbrantes, “Nafkot – Anseio” é um olhar fascinante sobre uma comunidade da Etiópia, que vive isolada, através da perspectiva de uma antropóloga e ativista israelense Ela espera que seu trabalho ajude a preservar a identidade e as tradições dessa comunidade e assim auxiliar em sua sobrevivência em meio às muitas mudanças que ocorrem no mundo ao seu redor. Durante sua viagem pela comunidade, a diretora faz diversas visitas a locais históricos, incluindo a primeira sinagoga oculta, e participa de algumas cerimônias tradicionais.

Direção: Malka Shabtai

Dia 24 de agosto – Quinta-feira

14h00 | Para as gerações que vieram antes de mim | Brasil, 13′

Sinopse: Com um título-dedicatória, para as gerações que vieram antes de mim é construído pela narrativa fragmentada da história de uma família a partir de arquivos pessoais em vídeos e fotografias que são enquadradas cuidadosamente. Lacunas convivem com as lembranças e apontam para a complexidade do racismo estrutural que atravessa as relações pessoais.

Direção: Filipe Bretas Lucas

14h15 | Nossos Passos Seguirão os Seu… | Brasil, 13′

Sinopse: Apagado da história oficial do movimento operário brasileiro, Domingos Passos, um aguerrido militante anarquista, sai das sombras em direção à eternidade…

Pesquisa, Roteiro e Direção: Uilton Oliveira

14h35 | Entre fotografias e memórias: à família Macedo | Brasil, 15′

Sinopse: Onde circulam as imagens do passado? A quem pertencem as memórias? Como são compartilhadas? Este filme conta a história de dois fotógrafos, Antônio Macedo e Ronaldo Moreira, onde narram as experiências e os trabalhos de Raimundo Macedo, pioneiro na fotografia na cidade de Mamanguape – PB. As histórias evocadas pelas fotografias nos revelam autorias, contextos e diversas experiências da profissão fotógrafo nos tempos antigos no vale do Mamanguape- PB.

Roteiro, pesquisa e edição: José Muniz Falcão Neto

14h50 | Rio, Negro | Brasil, 98′

Sinopse: Documentário narra a influência da população negra de origem africana na formação do Rio de Janeiro.

Direção e roteiro: Fernando Sousa e Gabriel Barbosa

Dia 25 de agosto – Sexta-feira

14h00 | O Durião Proibido | Brasil, 19′

Sinopse: Um brasileiro morando na Tailândia se apaixona por Haruki, japonês que vai deixar o país em algumas semanas.

Roteiro, Direção, Montagem e Narração: Txai Ferraz

14h20 | Urbanografia do Caus  | Brasil 24′

Sinopse: Em um universo de 25 entrevistas, o recorte de quatro delas constituí o primeiro vídeo da “Urbanografia do Caus”, que retrata a partir de relatos etnobiográficos/ video portrait o cotidiano de alguns pixadores e grafiteiros da região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Com relatos de Gud, Sodac, Kawany Tamoyos, Goma, com imagens características da etnoficção e cinema verdade, a proposta documental foi criada através da pesquisa de doutorado em conjunto com os principais interlocutores do campo de estudo, que assinam em conjunto a direção do filme. Gud é um dos artistas mais antigos em atuação na RMBH, dentre suas falas há um destaque para o graffiti vandal e suas provocações políticas. Sodac é morador de uma das favelas do Aglomerado da Serra, ele retrata aspectos sociais e políticos em suas intervenções, tem no samba uma de suas inspirações e as imagens buscam ilustrar estes aspectos. Kawany Tamoyos tem raízes indígenas, que estão presentes nas figuras femininas de seu trabalho. Goma fala sobre a sua trajetória e sobre as perseguições que sofre do Estado há mais de uma década. Metodologicamente o filme apresenta técnicas de etnografia de rua, etnografia de duração, câmera participante, etnoficção e documentário poético/ participativo/ performático.

Direção: Thiago A. Morandi, Rodrigo Scalabrini, Rodrigo Ribeiro

14h50 | Incomuns | Brasil, 30′

Sinopse: Um filme colaborativo que retrata a experiência de coletivos artísticos e culturais da cidade de São Paulo por meio do olhar e sensações de seus participantes. A narrativa revela inúmeras redes de cuidado e apoio que persistem por meio do convívio com a diferença, da construção de um “comum”, do acesso à cidade, e do acolhimento de tudo aquilo que se entende como incomum.

Coordenação: Isabela Umbuzeiro Valent

15h20 | Cinema é isso que você está vendo | Brasil, 60′

Sinopse: O Cine Campinas, o Cine Popular, Cine Santa Maria, Cine Ouro, Cine Frida e Cine Casa Blanca foram algumas das diversas de salas de cinema de rua, existentes na cidade de Goiânia, entre os anos de 1935 e 1990. Mas, a partir de 1980 essas salas passaram a exibir filmes de conteúdo pornográfico, outras migraram para os shopping centers e os espaços viraram igrejas. Queremos saber por que os cinemas de rua entraram em decadência. Ouvimos diversas pessoas que vivenciaram esse período e tem em suas memórias lembranças e dados sobre essas salas. Pretendemos narrar uma parte da história dessas salas de cinemas. Quem frequentou e frequenta essa sala? Quais são as histórias que essas pessoas têm para contar. Estas salas fazem parte da história e memória da cidade de Goiânia.

Direção: Vandimar Marques