Alcir Lins de Carneiro Lacerda

Fotógrafo radicado em Recife, iniciou seus registros fotográficos em 1935. Em 1957, Alcir Lacerda passou a fazer fotografia científica para a UFPE e  registrou através de microscópios os enfermos e cadáveres. Por esse trabalho,  foi nomeado técnico no laboratório da biblioteca da Faculdade de Medicina. 

Ao longo de sua carreira, Alcir produziu milhares de imagens (a maioria em preto e branco). Elas retratam fatos históricos e a transformação de paisagens do Estado de Pernambuco, bem como os sujeitos cognoscentes que as habitavam na época. Recebeu premiações pela Revista Realidade (1973), com a fotografia intitulada “E o amanhã?”. As fotografias “Duas épocas” e “Amor em ruínas” também foram premiadas no I Salão de Fotografia em Pernambuco em 1976. O Memorial Denis Bernardes recebeu, em novembro de 2013, e mantém sob custódia 62 quadros com reproduções fotográficas que pertenciam ao fotógrafo.


Álvaro Alves Camello

Professor da UFPE e Engenheiro de Minas, Álvaro Alves Camello foi o primeiro Presidente da Associação Nordestino Brasileira dos Engenheiros de Minas (ANBEM) na década de 1970. Essa organização de classe foi criada com o objetivo de regulamentar o curso de Engenharia de Minas, que passou a ser ministrado na Escola de Engenharia de Pernambuco e depois viria a integrar a UFPE. 

Em 05 de fevereiro de 2015, a família do professor proprietário da coleção de discos de vinil procurou o MDB com o objetivo de salvaguardá-los em local seguro e que propiciasse o tratamento informacional necessário. A coleção de vinis que pertencia ao professor Álvaro é composta por 756 discos de artistas nacionais e internacionais e foi doada ao MDB em 20 de fevereiro de 2015, por meio de termo legal de doação.


Armando de Holanda Cavalcanti

Armando de Holanda nasceu na cidade de Canhotinho (PE) em 15 de Dezembro de 1940 e faleceu na cidade do Recife em 1979, aos 39 anos. Iniciou os estudos em Arquitetura na primeira turma do curso do edifício do Seminário de Olinda, que se instalava no antigo Colégio Jesuíta Seiscentista, posteriormente, transferiu-se para a recém-criada Faculdade de Arquitetura na época. 

Foi professor do Curso de Arquitetura da UFPE entre 1974 e 1979 e coordenou a equipe técnica que projetou o Plano Geral para o Parque Histórico Nacional dos Guararapes de Pernambuco (PHNG-1973). Além disso, pode-se destacar também os projetos arquitetônicos do Complexo Salgadinho, Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares e Museu do Estado de Pernambuco e Centro de Artes e Comunicação da UFPE, este último com o arquiteto Reginaldo Esteves. Autor do livro ‘Roteiro para construir no Nordeste’, foi um dos arquitetos pernambucanos cuja intensa atividade profissional é uma das que melhor ilustram o contexto de euforia construtiva instituída pelo ‘Milagre Brasileiro’.

O acervo de Armando de Holanda foi transferido para o Memorial Denis Bernardes em 30 de Outubro de 2019.

Visite o INSTITUTO | iaholanda.org


Assessoria de Comunicação Social (ASCOM)

Fotografia em preto e branco de estudantes na bancada de empréstimo de livros.Além disso, no verso da foto, em manuscrito a caneta azul, há as seguintes informações: Biblioteca Central. Disponível no Repositório Institucional

A ASCOM é a responsável pela divulgação de informações produzidas pela e sobre a  UFPE nos meios de comunicação de alcance local e nacional, como jornais, revistas, rádios, emissoras de televisão e a mídia especializada da Internet. Assume, também, a gerência e a produção dos materiais jornalísticos, bem como do trabalho dos profissionais envolvidos internamente nestas tarefas. Seu objetivo é facilitar o acesso e agilizar o atendimento a qualquer demanda informacional da sociedade. 

O resultado de tais ações gerou, no decorrer da história da UFPE, uma enorme quantidade de documentos que contam a história das lutas, conquistas e personagens da instituição. O acervo histórico da ASCOM é composto por fotografias e clippings ilustrativos  das atividades da Assessoria desde a criação da UFPE até o presente. A Coleção fotográfica é constituída por aproximadamente vinte e cinco mil fotografias, inicialmente produzidas pelas Imprensa e TV Universitárias, e, a partir da década 1980, pela Assessoria de Comunicação Social – ASCOM, órgão responsável pela custódia do acervo fotográfico até o ano de 2013, quando foi transferido para o Memorial Denis Bernardes. As imagens são, originalmente, em suporte de papel, a maioria em preto e branco, e foram produzidas entre 1946 e 2009, em sua maioria, pelo fotógrafo Passarinho. As ações realizadas nesse acervo envolveram a organização documental e conservação preventiva do conjunto como um todo, e aconteceram entre o período de 2014 a 2016.


Ayrton Carvalho

Em Construção.


Banda de Música da Polícia Militar de Pernambuco – Maestro Capitão Zuzinha (BCZ)

Visita guiada de estudantes de Música da UFPE ao MDB. Outubro de 2022

A Banda de Música da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) – Maestro Capitão Zuzinha foi instituída oficialmente a partir do Decreto da Província de Pernambuco, datado de 05 de novembro de 1873, com o objetivo inicial de atender as solenidades da corporação. Seu nome é uma homenagem a um dos mais importantes regentes, José Lourenço da Silva – Capitão Zuzinha, o qual teve seu trabalho reconhecido nacionalmente (DIAS, 2015).

Vale ressaltar que as bandas de música criadas a partir do século XIX, de um modo geral, foram elementos significativos de promoção da cultura brasileira, pois foram pioneiras na formação de músicos de várias cidades do país e na participação em  eventos públicos como: desfiles cívicos, festas, procissões religiosas, homenagens, comemorações e retretas. Ou seja: realizavam a  comunicação social entre a corporação e a sociedade civil (HOLANDA FILHO, 2010).

Ao longo dos anos de existência, a instituição reuniu um acervo de partituras com algumas obras raras dos séculos XIX e XX, como partituras originais manuscritas de dobrados, marchas e algumas das primeiras composições de frevo de que se tem conhecimento.  Assim, o acervo tem importância significativa para a história da música brasileira. 

Em 08 de outubro de 2015, o conjunto documental passou a compor a ‘Coleção Banda Capitão Zuzinha (BCZ)’ no Memorial Denis Bernardes da UFPE. São 2045 arranjos, com aproximadamente 64 mil páginas que estão passando por tratamento informacional e preservação digital a partir de projetos realizados pela equipe.


Referências 

DIAS, Sérgio. Projeto de salvaguarda do acervo de partituras da Banda da Polícia Militar de Pernambuco – Maestro Capitão Zuzinha. Recife: Departamento de Música da UFPE, 2015. 

HOLANDA FILHO, Renan Pimenta de. O papel das bandas de música no contexto social, educacional e artístico. Recife: Editora Caldeira Cultural Brasileira, 2010.


Boletins Oficiais da UFPE

Em construção


Departamento de Ciência da Informação

Em construção


Escola de Belas Artes


Informa sobre a arte presente na Escola de Bellas Artes durante o ano letivo, pelo olhar de Frei Mathias Teves. Disponível no Repositório Institucional

Em 1932, foi idealizada uma Escola de Belas Artes para o Recife seguindo os parâmetros da Escola Nacional de Belas Artes. Para que se mantivesse a continuidade no processo de oficialização foi criado um grupo que se chamou de “Comitê Central da Escola de Belas Artes”, tendo como presidente Bibiano Silva. Ainda no mesmo ano, foi alugada a casa conhecida como “Solar dos Amorim” na Rua Benfica, 150, bairro da Madalena. 

A Escola de Belas Artes do Recife começou a funcionar, no dia 15 de julho do mesmo ano, a partir de boa vontade e doações, incluindo o empréstimo dos bustos de gesso da “Loja Maçônica Conciliação” e as doações do construtor Crispim Velhote. As atividades foram iniciadas com sua fundação e continuaram nas escolas que dela surgiram, com os cursos de Desenho e Plástica, Arquitetura e Urbanismo, Letras e Artes Plásticas, sediados no Centro de Artes e Comunicação. Os desdobramentos estéticos que povoam a iconografia artística pernambucana ilustram as transformações iconológicas sofridas no ensino das artes da UFPE. 

Os documentos que contam tais transformações, como as criações pedagógicas, a ideologia dos conselhos, as propostas inovadoras e as apresentações práticas, fazem parte do conjunto documental das atividades didáticas registradas, desde a Escola de Belas Artes ao Centro de Artes e Comunicação (CAC), transferidas para o Memorial Denis Bernardes em janeiro de 2013. 

Os primeiros diretores da Escola de Belas Artes:

Antão Bibiano Silva, eleito diretor em Congregação de 1 de Junho de 1932 até 15 de Maio de 1932;
Heitor Maia Filho, de 17 de Maio de 1933 até 24 de Junho 1933;
Murilo La Greca, de 24 de Julho de 1933 até 19 de Fevereiro de 1934; 
João Alfredo, renunciou a 2 de outubro de 1934;
Mário Nunes – de outubro de 1934 até __________________
Domingos Ferreira – de 21 de julho de 1935 (tomando posse em 29) até 2 de março de 1936;
Joel F. Jayme Galvão – de 04 de março de 1936 até 31 de maio de 1936; 


Escola de Medicina

Em construção


Escola de Serviço Social da UFPE

Em Construção


Fayga Perla Ostrower 

Com o intuito de comunicar a força da existência através da arte, Fayga Ostrower representou o abstracionismo no Brasil e no mundo a partir da década de 1950. Nascida em Lodz, Polônia, em 14 de setembro de 1920 e falecida no Rio de Janeiro em 13 de setembro de 2001, foi reconhecida internacionalmente como representante da arte abstrata, recebendo o prêmio na edição XXIX da Bienal de Veneza, Itália, em 1958. Admiradora de Rembrandt, Cézanne e Goya, foi pintora, gravadora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora. Para ela, a arte transcendia o mero labor da técnica e comunicava a força da existência. Parte do seu acervo de gravuras e aquarelas (47 obras), foi doado pelos seus filhos ao Memorial Denis Bernardes em 23 de janeiro de 2020.

Saiba mais sobre a artista no site do Instituto Fayga Ostrower  


João Alexandre Barbosa

João Alexandre Costa Barbosa nasceu no Recife em 1937 e morreu na manhã do dia 03 de Agosto de 2006, na cidade de São Paulo, aos 69 anos. A partir de 1955 passou a ministrar aulas de Literatura Francesa, ano em que ingressou na Faculdade de Direito do Recife. Em 1960, tornou-se editor-chefe do Suplemento Literário do Jornal do Commercio do Recife. Em 1963, participou da criação do curso de Teoria Literária da Universidade do Recife, atualmente Curso de Letras da UFPE. Foi também professor do Departamento de Biblioteconomia da mesma universidade, no qual ministrou a disciplina de História do Livro. Além disso, foi membro ativo do Gráfico Amador do Recife.

João Alexandre foi autor de importantes estudos sobre a obra de poetas e escritores nacionais, como Murilo Mendes (1901-1975), Augusto Meyer (1902-1970) e João Cabral de Melo Neto (1920-1999). Com o estudo sobre a herança crítica de José Veríssimo, de 1970, fez a primeira defesa de uma tese de doutoramento em teoria literária no país. Durante o período que ficou nas universidades de Yale, Cambridge, Massachussets e Harvard, nos Estados Unidos, publicou no Brasil livros como A tradição do impasse: linguagem da crítica e crítica da linguagem em José Veríssimo, em 1974, sua tese de doutorado; A metáfora crítica, do mesmo ano; e A imitação da forma: uma leitura de João Cabral de Melo Neto, em 1975. 

Em 2004, Barbosa publicou seu último livro, Mistérios do dicionário: e outras crônicas literárias, em que se revela, no prefácio, mais afeito à liberdade de ler e pensar como um bom leitor, do que a analisar ou elaborar teorias. Ao retornar ao Brasil, foi aprovado no concurso de professor adjunto para a cadeira de teoria literária da USP, vaga com a aposentadoria de Antonio Candido. Em 1993, aposentou-se da USP e entre 1997 e 2002 assinou na Revista Cult as colunas ‘Entre Livros’ e ‘Biblioteca Imaginária’. No ano de 2003, assumiu a seção Letras Arquivadas do Jornal Gazeta Mercantil. 

A sua biblioteca pessoal nasceu em 1994 na Rua da Amizade, bairro das Graças, no Recife. Após o falecimento do professor, seu acervo ficou temporariamente alocado no Instituto Moreira Salles em São Paulo e em 26 de julho de 2017 Ana Mae Tavares Bastos Barbosa, viúva de João Alexandre, doou à UFPE os mais de 8 mil volumes da coleção que, atualmente,  estão no Memorial Denis Bernardes da Biblioteca Central, em processo de catalogação. 


João Alfredo Corrêa de Oliveira

Carta enviada por João Alfredo Correia de Oliveira a D. Pedro II. Disponível no Repositório Institucional.

O conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira nasceu em Itamaracá em 1835 e faleceu no Rio de Janeiro em 1919. Realizou em Olinda seus estudos de Direito. Foi Deputado Provincial, Deputado Geral, Senador do Império em Pernambuco. Realizou atividade como Presidente das Províncias do Pará e de São Paulo e assumiu o encargo de referendar a Lei da Abolição enquanto presidente do Conselho de Ministros. João Alfredo contribuiu com ações em todas as áreas para o desenvolvimento do Brasil. Seus documentos privados constituem, assim, testemunho de um período crucial da história do país, quando o modelo monárquico se ‘desmantelava’ dando lugar à ordem republicana. Foi um dos principais representantes na formulação da Lei do Ventre Livre e da Lei Áurea. 

Além disso, publicou o Regulamento do Registro civil dos Nascimentos, Casamentos e Óbitos, expedidos com o Decreto nº 5604 de 25/04/1874-RJ, 1875 e o Projeto de Reforma Eleitoral apresentado à Câmara dos Deputados, na Sessão de 30 de abril de 1873. Votou a favor da eleição por Província e não mais por Distrito (1875) e  Durante a Questão Religiosa (1875), sendo Ministro do Império, trabalhou no sentido de levar a bom termo o atrito entre a Igreja e o Estado. Enquanto presidente do Conselho dos Ministros, referendou a Lei de 13 de maio de 1888, que aboliu a escravidão no Brasil. 

O acervo esteve, durante muito tempo, em mãos do neto do Conselheiro, Pedro Muniz de Aragão, e foi transferido para a Biblioteca Central da UFPE na década de 1970 por iniciativa do historiador Flávio Guerra e do reitor Murilo Humberto de Barros Guimarães. 

Estimado em aproximadamente 10 mil documentos de interesse e revisão histórica, tais como correspondências pessoais originais com figuras históricas de personalidades ilustres, como D. Pedro II, Princesa Isabel, Visconde do Rio Branco e do próprio João Alfredo. Há escrituras de compra e venda de escravos, rendas de todas as Alfândegas do Império de 1808 a 1886, contratos, portarias e leis, incluindo também o rascunho da Lei Áurea. 

A maior parte do acervo é composto por correspondências. Porém, também compreende 588 documentos de outras tipologias, dentre elas jornais, papéis referentes ao Banco do Brasil, ofícios, fotografias, estudos, projetos de lei, mapas e plantas. 

Na UFPE, a documentação passou por higienização, conservação, acondicionamento e catalogação. Em 2010, o Laboratório de Tecnologia do Conhecimento (LIBER) passou a organizá-lo a partir de métodos destinados a facilitar a preservação e conservação física, a digitalização e o acesso em ambiente digital. Em 2012, o acervo foi transferido para o Memorial Denis Bernardes, onde se encontra acondicionado e disponível para consulta local. Encontram-se disponíveis no Repositório Institucional da UFPE 2.256 documentos da coleção. 

Boa parte do acervo de João Alfredo está digitalizada e disponível em nosso Repositório Insntitucional.


Joaquim Amazonas

Em Construção


Luiz Antônio Marcuschi

Luiz Antônio Marcuschi (Guaporé, 15 de maio de 1946 – Recife, 6 de setembro de 2016) foi um linguista e professor universitário brasileiro conhecido especialmente por seus trabalhos sobre linguística textual, gêneros textuais e análise da conversação. Formou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e seu doutorado pela Universidade de Erlangen-Nuremberga. Fez também o pós-doutorado pela Universidade de Friburgo. Realizou parte de sua carreira como professor do Departamento de Letras da Universidade Federal de Pernambuco, tendo sido considerado um dos maiores linguistas brasileiros da atualidade.

Especialista nos estudos da oralidade, publicou vários livros, tais como: “Linguística de texto: o que é e como se faz?”, 1983; “Análise da Conversação”, 1986; “Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido”, 2004; “Cognição, linguagem e práticas interacionais”, 2007.

Seu acervo bibliográfico de aproximadamente 5.500 livros foi doado ao Memorial Denis Bernardes, em setembro de 2016, e conta com uma variedade de obras, entre as quais a família doadora destacou “A semântica do deixar”, de Augusto Soares; “Arte, mente e cérebro”, de Howard Gardner, “Hust we mean what we say?”, de Stanley Cavell; “De la syntaxe à l’interpretacion”, de Jean Claud-Milner; “Semântica”, de John Lyons. 


Marcos de Barros Freire

Marcos de Barros Freire foi advogado, professor e político brasileiro. Filho de Luís de Barros Freire e de Branca Palmira Freire, nasceu na cidade do Recife em 5 de setembro de 1931. Iniciou seus estudos na Faculdade de Direito do Recife em 1950, onde concluiu o bacharelado em 1955 e participou ativamente da política estudantil.  Em 1957, iniciou o magistério superior como professor na Faculdade de Ciências Econômicas, função que exerceu até o ano de 1968. Foi também professor titular da cátedra de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco

No Golpe Militar, em 31 de março de 1964, era filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Na legenda do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi eleito Prefeito da cidade de Olinda em 1968, mas renunciou ao cargo, antes mesmo de assumi-lo, por conta da cassação do mandato do vice-prefeito eleito pelo Ato Institucional nº 05 de 13 de dezembro de 1968. 

Em 1970 foi eleito deputado federal por Pernambuco na legenda do MDB. Ao longo dos anos, militou contra os detratores da democracia e estimulou uma geração de políticos a promover a abertura e a consequente redemocratização do país. Defendeu a anistia para os cassados e banidos pelo regime militar, a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, o fim da censura aos órgãos de imprensa e a reforma agrária. Foi presidente da Caixa Econômica Federal e elegeu-se senador por Pernambuco no pleito de 1974. 

Em exercício como Ministro da Reforma Agrária, no governo de José Sarney, Marcos Freire faleceu em um acidente aéreo no Sul do Pará, em 08 de setembro de 1987, em viagem a serviço. Morreu sem ainda ser consolidada a democratização do país, mas seu legado e sua biografia continuam despertando os olhares daqueles que se interessam pela história e a memória recente do Brasil. Parte de sua biblioteca pessoal foi transferida para o Memorial Denis Bernardes em 17 de outubro de 2013. O acervo é composto por 204 volumes encadernados de recortes de jornais (clipping) reunidos por Marcos Freire no período de 1952 a 1985, bem como cerca de 2.300 livros e periódicos da sua biblioteca pessoal.


NRTVU | Núcleo de Rários e TV Universitárias

Em construção.


Oficina Guaianases de Gravuras

Em construção. Veja um pouco do acervo na nossa exposição online.


Padre Daniel dos Santos Lima

Sacerdote secular católico, poeta e professor de Filosofia da UFPE, o Padre Daniel dos Santos Lima (1916 – 2012) nasceu em Timbaúba em 02 de maio de 1916 e teve na poesia a sua grande paixão, que era conhecida apenas pelas pessoas mais próximas. Foi professor na Faculdade de Filosofia do Recife-FAFIRE, e depois ganhou, por títulos, a vaga da cadeira de Latim na Faculdade de Filosofia de Pernambuco – FAFIPE, integrada posteriormente à UFPE. Em 2011, recebeu o prêmio Alphonsus Guimarães da Fundação Biblioteca Nacional com seu primeiro livro editado, “Poemas”. 

Seu acervo pessoal é de base filosófica e literária e é composto por documentos audiovisuais (entrevistas em fitas cassete); documentos textuais (livros, manuscritos, agendas de anotações e recortes de jornais), dentre eles 13 cadernos compostos por conjuntos de poemas e 14 por escritos filosóficos e estes foram transferidos para o MDB em 19 de novembro de 2012. O padre faleceu no Recife no dia 14 de Abril de 2012, por complicações decorrentes de uma pneumonia.


Periódicos da UFPE

Boletins Oficiais

Os boletins oficiais são uma das ferramentas de comunicação mantidas e administradas pela UFPE para publicar a literatura dos atos oficiais da instituição. A publicação é regular e tem por objetivo reforçar a organização e a divulgação de dados, ações e resultados das diversas frentes de trabalho dos setores da UFPE, além de dar alcance e visibilidade aos contínuos esforços das equipes para melhorar a gestão de processos, de prestação de serviços e de atendimento à comunidade universitária. Os exemplares que constam no MDB são do período de 1966 a 1988.

As digitalizações dos boletins oficiais estão disponíveis no site da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas da UFPE. 

Jornal Universitário

O Jornal Universitário (JU) da UFPE circulou durante 11 anos ininterruptos (1967/1977) em plena vigência da ditadura militar. De tiragem mensal, teve como seu primeiro Diretor o professor Newton Sucupira. Inicialmente, apresentava vendagem restrita ao público universitário da UFPE. E foi comercializado em bancas de jornais da cidade para um público mais amplo a partir da década de 1970. 

O JU apresentou em seus números relevantes discussões que tangenciam a produção cultural local e nacional na literatura, cinema, música e artes plásticas, dentre outras. Os últimos exemplares do Jornal Universitário existentes na UFPE encontram-se no Memorial Denis Bernardes, na Biblioteca Central, e constituem fontes preciosas para subsidiar pesquisas de graduação e pós-graduação. 


Plantas da Cidade Universitária

Em construção.


Ruy da Costa Antunes

Ruy da Costa Antunes nasceu em 10 de abril de 1924. Bacharelou-se na Faculdade de Direito do Recife (FDR) na turma de 1946 e em 1954 terminou o Doutorado em Direito Penal na mesma faculdade, com a tese intitulada “Direito Penal da Imprensa”. Em 1955, recebeu o título de Livre Docente em Direito Penal na FDR, junto ao professor doutor Aníbal Bruno de Oliveira Filho. Submeteu-se a concurso para a Cátedra de Direito Penal da FDR com a tese intitulada “Problemática da Pena”, sendo então nomeado Catedrático Interino de Direito Penal em 1955, após a aposentadoria de Aníbal Bruno. Foi militante político e exerceu mandato parlamentar. Ele participou da Assembleia Estadual Constituinte, de 19 de abril a 25 de julho de 1947. Em 1948, o Partido Comunista foi declarado ilegal e todos os deputados do partido tiveram seus mandatos cassados. 

Em 1970, foi nomeado correspondente brasileiro junto à Organização das  Nações Unidas (ONU). Ao longo de sua carreira como professor, foi diretor da Revista Pernambucana de Direito Penal e Criminologia e  integrante da comissão encarregada de propor modificações no Código Penal, designado pelo Ministério da Justiça.

Sua biblioteca pessoal guardava volumes em artes plásticas, história, literatura, política, psicologia e direito. Parte desse patrimônio do advogado, jurista e professor foi transferida para o Memorial em 2013, especificamente as obras referentes ao Direito, à política e à História. Além disso, foram transferidos também objetos museais, documentos pessoais, exemplares da Revista “O Pasquim” e mobiliários de sua residência. Ruy Antunes faleceu em Recife por problemas cardíacos em novembro de 1994 aos 70 anos de idade. 

Referências

ACIOLI, Alexandre de Souza. Grandes advogados de Pernambuco: a memória e a história da advocacia pernambucana. Recife: OAB-PE, 2014.