Serviço Social - Campus Recife

Humanas e Sociais

Bacharelado

Os assistentes sociais são profissionais que cursaram graduação em Serviço Social (reconhecida pelo Ministério da Educação) e possuem registro no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) do estado em que trabalham. A profissão é regida pela Lei Federal 8.662/1993, que estabelece suas competências e atribuições. As competências e atribuições privativas dessa categoria profissional estão previstas nos artigos 4º e 5º da Lei 8.662/1993.

Assim, quem ingressa do curso acessa conhecimento que possibilitam desenvolver as ações que são próprias desse profissional, como: 

  • Analisar, elaborar, coordenar e executar planos, programas e projetos para viabilizar os direitos da população e seu acesso às políticas sociais, como a saúde, a educação, a previdência social, a habitação, a assistência social e a cultura. 
  • Analisar as condições de vida da população e orientar as pessoas ou grupos sobre como ter informações, acessar direitos e serviços para atender às suas necessidades sociais. 
  • Elaborar laudos, pareceres e estudos sociais e realizam avaliações, analisando documentos e estudos técnicos e coletando dados e pesquisas. 
  • Realizar planejamento, organização e administração dos programas e benefícios sociais fornecidos pelo governo, bem como assessoria de órgãos públicos, privados, organizações não governamentais (ONG) e movimentos sociais. 
  • Trabalhar como docentes nas faculdades e universidades que oferecem o curso de Serviço Social, em alguns casos exigindo-se, para tanto, também a formação pós-graduada. 

Essa profissão pode estar inserida em instituições públicas e privadas. Pode-se encontrar assistentes sociais trabalhando em ministérios, autarquias, prefeituras, governos estaduais, em empresas privadas, hospitais, escolas, creches, unidades de saúde, centros de convivência, movimentos sociais em defesa dos direitos da mulher, da classe trabalhadora, da pessoa idosa, de crianças e adolescentes, de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), negros e negras, de indígenas, em organizações não governamentais, em universidades públicas e privadas e em institutos técnicos. Assistentes sociais podem, ainda, trabalhar junto a outras categorias: profissionais da psicologia, da educação, da enfermagem, do direito, dentre outras. 

A formação do assistente social é de cunho humanista e crítico, comprometida com valores que dignificam e respeitam as pessoas em suas diferenças e potencialidades, sem discriminação de qualquer natureza, tendo construído como projeto ético-político e profissional, referendado em seu Código de Ética Profissional, o compromisso com a liberdade, a justiça e a democracia, voltado para a construção de uma nova sociabilidade, livre da exploração, alienação e opressão. Para tal, o assistente social deve desenvolver como postura profissional a capacidade crítica/reflexiva para compreender a problemática e as pessoas com as quais lida, exigindo-se a habilidade para comunicação e expressão oral e escrita, articulação política para proceder a encaminhamentos técnico-operacionais, sensibilidade no trato com as pessoas, conhecimento teórico, capacidade para mobilização e organização.

No Brasil, as primeiras escolas de Serviço Social surgiram no final da década de 1930, quando se desencadeou no país o processo de industrialização e urbanização. Nas décadas de 1940 e 1950, houve um reconhecimento da importância da profissão, que foi regulamentada em 1957 com a Lei nº 3252. Acompanhando as transformações da sociedade brasileira, a profissão passou por mudanças e necessitou de uma nova regulamentação: a Lei 8662/93. Ainda em 1993, o Serviço Social instituiu um novo Código de Ética, expressando o projeto profissional contemporâneo comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos. A prática profissional também é orientada pelos princípios e direitos firmados na Constituição de 1988 e na legislação complementar referente às políticas sociais e aos direitos da população. Não pode haver qualquer tipo de discriminação no atendimento profissional.

O curso de Serviço Social da UFPE encarna um acumulo de uma trajetória que já completa oito décadas. Esses 80 anos aos quais se faz referência diz respeito, não apenas a demarcação da fundação da primeira escola de Serviço Social no estado, em 6 de maio de 1940. Essa escola que se constituiu, inicialmente, como um estabelecimento isolado de ensino superior, de natureza privada e confessional. A mesma escola que em 1971 foi integrada a UFPE, passando a existir, desde então, como Departamento de Serviço Social. Um Departamento, por sua vez, que aglutinou forças de diversas ordens e origens, com a solidariedade de muitos sujeitos e instituições, para criar, em 1979, o Mestrado em Serviço Social e, em 1999, o Doutorado em Serviço Social. Os quais estão classificados hoje com os mais altos resultados nos sistemas de avaliação no Brasil. O curso de Serviço Social da UFPE ficou entre os quatro cursos da instituição que conquistaram conceito 5 (máximo) no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2018, mesmo resultado na avaliação anterior, realizada em 2015. Atualmente, o curso de Serviço Social da UFPE, além dos resultados obtidos no Enade, se destaca também pelos projetos desenvolvidos no âmbito da extensão universitária e da pesquisa.