JUREMA PINTO WERNECK

Autoria: Rayza Almeida da Hora Silva Orientação: Ana Claudia Rodrigues e Flávia Vieira

Jurema Pinto Werneck, mulher negra, médica, ativista do movimento de mulheres negras brasileiro e dos direitos humanos. A doutora nasceu no Rio de Janeiro em 1961, cresceu no Morro dos Cabritos, em Copacabana, e na Ilha do Governador. Em sua trajetória, como de tantas outras meninas negras, Jurema foi a “primeira” e “única”. A primeira mulher negra de sua família a se graduar e a única negra em sua turma (UOL, 2021). Jurema Werneck graduou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestra em Engenharia da Produção pela Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia/COPPE/UFRJ (2000), tratou sobre mulheres negras em cargos de liderança. É doutora em Comunicação e Cultura na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Desenvolveu pesquisas relacionadas à comunicação em saúde, com foco nas questões de gênero, raça e saúde da população negra. Sua formação acadêmica contribuiu para a sua visão interdisciplinar e abordagem crítica nas áreas da saúde e direitos humanos. Vida e luta se misturam, Jurema que é uma mulher negra lésbica, dedicou sua atuação profissional em relação a saúde da população negra e LGBTQIA+. Atualmente, a doutora é uma das principais vozes na saúde antirracista. Atualmente, Werneck é Co-fundadora da Organização não governamental Crioula e Diretora Executiva da Anistia Internacional do Brasil. Antes de ficar conhecida por conta da CPI do Covid-19, a doutora dedicou-se na pesquisa e na luta contra a AIDS e outras doenças que afetam as populações que estão à margem. Ela tem uma longa trajetória de trabalho na área da saúde, especialmente na promoção da saúde da população negra e LGBTQ+, que são grupos vulneráveis ​​à infecção pelo HIV. Além disso, Jurema Werneck foi uma das líderes do programa "Comunidades Cidadãs" da organização não governamental Instituto de Estudos da Religião (ISER). Esse programa tinha como objetivo principal fornecer informações sobre saúde e prevenção do HIV/AIDS em comunidades marginalizadas e vulneráveis, incluindo favelas e áreas rurais (UOL, 2021). No ano de 2021, a doutora foi homenageada após apresentar um estudo comprovando que, durante a crise sanitária provocada pela pandemia do Covid-19, no ano de 2020, mais de 120 mil vidas poderiam ter sido poupadas se o Estado brasiliero tivesse assumido outra postura (GELEDÉS, 2021). Promovendo o distanciamento social, fechando o comércio e restringindo aglomerações. Entre os seus livros de divulgação e popularização da ciência estão: WERNECK, Jurema; IRACI, Nilza (Org.) ; CRUZ, Simone (Org.) . Mulheres Negras na Primeira Pessoa. 1. ed. Porto Alegre: Redes Editora, 2012. v. 1. 158p . BATISTA, Luis Eduardo. (Org.) ; WERNECK, Jurema (Org.) ; LOPES, Fernanda. (Org.) . Saúde da População Negra. 2. ed. BRASÍLIA: ABPN-Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, 2012. v. 1. 328p . WERNECK, J. P.; ROTANIA, A. A. (Org.) . Sob o Signo das Bios - vozes críticas da sociedade civil volume 2. Nova Friburgo: Marca Gráfica e Editora, 2005. v. 01. 114p

REFERÊNCIA:

HENRIQUE, Guilherme. A TEIA QUE ELEVA MULHERES. UOL. São Paulo. 10 de Nov. 2021. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/jurema-werneck-a-teia-que-eleva-mulheres/ . Acesso: Maio de 2023. Quem é Jurema Werneck, a médica negra que representou e emocionou na CPI da Covid. GELEDES. 25 jun. 2021. Disponível em: https://www.geledes.org.br/quem-e-jurema-werneck-a-medica-negra-que-representou-e-emocionou-na-cpi-da-covid/ . Acesso em: Maio de 2023.