O evento ocorreu no último dia 14, no Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia (I-Litpeg), no Campus Recife da Universidade
16/11/2023 14:56
Apresentar as startups que integram o Polo Tecnológico e Criativo (Polo Tec) da UFPE ao mesmo tempo em que promove a conexão delas com a sociedade e com o setor produtivo. Esses foram alguns dos objetivos da III Vitrine da Inovação. O evento ocorreu no último dia 14, no Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia (I-Litpeg), no Campus Recife da Universidade, e contou com a participação de investidores e representantes de instituições públicas e privadas interessados em adquirir soluções inovadores, investir ou apoiar o desenvolvimento de startups.
“O Polo Tec da UFPE tem uma função muito importante de transferência de tecnologia por meio do desenvolvimento de startups que promovem inovação atrelada a uma pesquisa científica sólida desenvolvida na Universidade. Dessa forma, a gente vai alimentando um ecossistema nosso que agora está transbordando para além dos muros da Universidade”, disse José Roberto Guerra, diretor de inovação e empreendedorismo da UFPE e um dos membros da comissão organizadora da Vitrine da Inovação. “É muito importante a gente pensar que o Polo Tec gera, por meio dessa atividade empreendedora, novas possibilidades de carreira para nossos egressos. É muito satisfatório para a gente ver estudantes que têm uma nova possibilidade de escolha dentro da carreira, sendo empreendedores, gerando negócios inovadores e ganhando prêmios nacionais e internacionais”, completou.
O Vitrine contou com uma série de atividades ao longo de todo o dia, incluindo sessões de conexão de negócios entre startups e convidados e a palestra “Qual o futuro do mercado de startups?”, com Luiz Fernando Gomes, líder de novos negócios e parcerias da FFingers e especialista em venture capital e desenvolvimento de startups.
Fotos: Luíza Cabral Saraiva
Abertura contou com gestores da UFPE e representantes do governo e da PCR
A programação trouxe ainda solenidade de abertura com a participação do reitor Alfredo Gomes. “A gente precisa inserir a Universidade de forma cada vez mais consistente nesse debate sobre inovação para o desenvolvimento do empreendedorismo no estado”, disse o reitor. “É necessário um olhar diferenciado para essas instituições que produzem pesquisa e inovação. Porque a gente não quer ter picos de crescimento e voltar para o mesmo estágio no que se refere ao investimento em ciência, tecnologia e inovação. A gente precisa ter um patamar mais consistente para que esse crescimento seja sistêmico e melhor distribuído dentro do estado”, completou o reitor.
Além do reitor Alfredo Gomes, a mesa de abertura da III Vitrine da Inovação contou com a participação do pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Pedro Carelli; de José Roberto Ferreira Guerra, diretor de Inovação e Empreendedorismo da UFPE; e de Yeda Medeiros, diretora do I-Litpeg. Participaram ainda desse momento inicial do evento a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Mauricélia Montenegro; a presidente da Facepe, Maria Fernanda Pimentel Avelar; e Rafael de Paula, representando a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife.
ESG – “Ficamos muito empolgados com a oportunidade de participar da Vitrine da Inovação para poder mostrar um pouco daquilo que a gente desenvolve e, principalmente, conseguir apoio para transformar mais rapidamente esse projeto em realidade”, disse o sócio-fundador da startup Bio2Future, Flávio Leal. A iniciativa, na área de inovação em Saúde e Biotecnologia, visa o emprego do tenébrio gigante, também conhecido como larva da farinha, na biodegradação de material plástico. O inseto também pode ser aplicado no ciclo alimentar humano e animal.
“A gente consegue gerar um alimento de alta qualidade a partir da biomassa do inseto, que pode ser inserida não apenas na cadeia alimentar humana, mas também na de animais, tanto os de criação como os de corte”, afirmou Flávio. Outras possibilidades envolvendo o uso do inseto são a extração de óleo destinado à indústria farmacêutica, geração de energia e produção de biofertilizante. “A gente consegue utilizar 100% do inseto, reintroduzindo ele em todo o ecossistema e diminuindo a quantidade de lixo que existe, trabalhando esse ciclo de ESG [governança ambiental, social e corporativa] de forma completa”, finalizou o empreendedor.