Rádio TV e Internet - Campus Recife

Humanas e Sociais

Bacharelado

O bacharelado de Rádio, TV e Internet (RTVI) ganhou um novo perfil após reformulação de seu projeto pedagógico de curso (PPC) e de seus componentes curriculares. A graduação do Departamento de Comunicação Social (DCOM) também recebeu outro nome e passa a se chamar Estudos de Mídia. Curso semelhante é encontrado apenas na Universidade Federal Fluminense (UFF). A sua grade curricular abarca as áreas de produção em audiovisual, produção sonora e produção em mídias digitais. Os egressos estarão aptos a trabalhar como produtores de conteúdo, empreendedores midiáticos, pesquisadores de mídia e com as funções tradicionais já executadas pelos egressos de Rádio, TV e Internet.

O curso não segue o modelo de formação por habilitações, originalmente pensado para as graduações de Comunicação Social, que formam jornalistas, radialistas e publicitários. Promovendo uma formação mais ampla e analítica, o bacharelado vai unir teoria e prática de maneira integrada e transversal. O egresso deve estar capacitado teórica e tecnicamente para atuar em diferentes plataformas e mídias
convergentes. De acordo com o projeto pedagógico, o estudante sairá do curso pronto para trabalhar na produção de conteúdo para radiodifusão tradicional e internet; na indústria fonográfica e indústrias culturais em geral; com comunicação e marketing político; com gestão de políticas de educação a distância; na análise de meios de comunicação; com monitoramento de redes e mídias sociais; e com governança, planejamento e gestão de comunidades virtuais.

O bacharelado terá duração de 9 a 16 semestres letivos, uma carga horária total de 3 mil horas, 30 vagas anuais, com entrada única no segundo semestre do ano para o turno da manhã. A primeira turma deve ingressar no segundo semestre do ano letivo de 2024. Os estudantes que entrarem antes da reforma integral do curso continuam no perfil anterior de Rádio, TV e Internet. “As grades curriculares nova e antiga vão operar em paralelo até que todos os alunos que entraram com o nome de Rádio, TV e Internet sejam graduados. A eles, será facultada a oportunidade de cursarem as disciplinas novas de Estudos de Mídia como eletivas. Também haverá a equivalência de disciplinas”, explica Carolina Dantas, coordenadora do projeto pedagógico do bacharelado em Estudos de Mídia.

A professora enumera as vantagens do novo perfil curricular. “Os alunos formados pela nova grade terão, na prática, maior liberdade de atuação, o que hoje já vemos por parte de alguns egressos, que realizam atividades de planejamento, roteirização, criação de conteúdo, produção e pós-produção não só nas mídias de radiodifusão
tradicionais (rádio e TV), mas também criando conteúdo para a internet, pensando em
termos de storytelling e transmidiação, atuando em campos como indústrias culturais
e eventos. Nenhuma das funções originais do profissional de Rádio, TV e Internet se perde. Trata-se de modernizar a grade curricular, o nome do curso e abrir o horizonte
dos nossos alunos para novas possibilidades”, define.

HISTÓRICO – O curso de RTVI da UFPE, criado em 1989, passou por várias alterações
desde sua implantação, além de três estruturações pedagógicas. A partir da necessidade de mais uma atualização, percebeu-se que a reformulação pensada para
o bacharelado ultrapassava os limites definidos para o antigo perfil de Rádio, TV e Internet. No entanto, o processo de reforma do curso de RTVI não resultou na extinção do curso, mas de sua atualização. “Não podemos falar do ‘encerramento’ do curso de RTVI, mas de uma atualização curricular cuidadosa e profunda. Muitas disciplinas do curso de RTVI permanecerão na grade nova. A questão é que o nome será alterado e isso é mais do que necessário. Temos que entender que o nome Rádio e TV surgiu num contexto muito específico, ainda nos anos de 1980, em que houve uma migração de funções e aspectos técnicos para a universidade. Houve uma tentativa de corrigir isso nos anos 2000, adicionando-se o ‘Internet’ ao nome, o que era perfeitamente compreensível à época. Mas o fato é que pensarmos em Rádio, TV e Internet não dialoga mais com as demandas atuais do mercado e as funções dos profissionais que estamos formando na UFPE. É um anacronismo. Então é possível dizer sem medo que Estudos de Mídia é o próximo passo do que um dia foi Rádio, TV e Internet”, explica.

A mudança do perfil curricular do curso de RTVI teve como base análises de mercado e de tendências na área, bem como a avaliação de sua relação com os demais cursos do DCOM. Para a construção da proposta, também foram realizadas escutas com estudantes do curso de RTVI, discussões com professores da UFPE e de outras instituições, além de consultas com a sociedade civil. A implantação da nova grade envolve equivalência das disciplinas e implantação de novas disciplinas, reuniões periódicas, avaliação da coordenação do curso, orientação pedagógica com estudantes, acompanhamento por parte dos alunos e manutenção da interlocução
com a comunidade acadêmica e mercado de audiovisual.

Mais informações
DCOM
(81) 2126-8305