[Metaverso da Saúde] O mundo invertido dos personagens de desenhos animados

Centro Acadêmico de Vitória - UFPE

[Metaverso da Saúde] O mundo invertido dos personagens de desenhos animados

[Metaverso da Saúde] O mundo invertido dos personagens de desenhos animados

No episódio de hoje, Ana Darla, Karol, Mayra e Viviane falam um pouco sobre algumas teorias que rodam o mundo dos desenhos animados e algumas curiosidades sobre essas teorias.

E aí, galera, sejam bem-vindos a mais um episódio do podcast no metaverso da saúde, um podcast do contêiner saúde que é um projeto vinculado ao centro acadêmico de Vitória da Universidade Federal de Pernambuco, que é idealizado e orientado pelo professor Luís Picelli. Eu sou Ana Darlan e eu vou estar com vocês hoje para a gente conversar mais sobre um tema que vai destruir a infância de todos vocês aqui. Vocês vão sair traumatizados?

 Destrói mesmo, gente. Quando eu descobri sobre esse tema do eu lá no fundo, na minha criança interior, eu sou Viviane e também vou estar aqui com vocês hoje.

 Eu também sou Carol, e eu vou destruir a infância de vocês, gente, se preparem.

Meu nome é Maíra e como eu falei, eu já estou com medo.

 Como vocês já devem ter visto no título, o nosso tema é sobre o mundo invertido dos personagens de desenhos animados. Não sabem o que isso quer dizer? Então fique aqui com a gente que vamos discutir.

Não é segredo para ninguém que essa galera das redes sociais ama criar a teoria sobre tudo que vê e o nosso amado mundo dos desenhos animados não ficou de fora disso.

Menina, não fala isso. Eu fiquei chocada. Quando eu vi as teorias sobre os transtornos mentais que são relacionados a alguns personagens de desenhos animados e vai de desenho infantil, até mesmo heróis consagrados que a gente conhece dos quadrinhos e várias séries. Mas eu vou passar a palavra para Karol agora que ela vai começar a falar mais sobre isso.

 Então, galera, como as meninas comentaram aí é, são muitas teorias. E aqui eu me surpreendi quando estava estudando. Foi a do ursinho Pooh, que ele já foi estudado por pesquisadores da universidade de AVE, que é lá no Canadá e foi publicado pela associação mental de lá também. Eles analisaram os episódios e encontraram indícios de transtornos mentais no comportamento dos personagens. Só não conseguiram esclarecer se foi a intenção mesmo do autor fazer isso. Alguns acreditam que sim, é o primeiro que eu vou comentar. É sobre o personagem principal que é o Ursinho Pooh, sua personalidade vai incluir pensamentos dispersos, o estilo de vida bem desorganizado e os frequentes esquecimentos que ele tem são 3 sintomas que são comuns de quem apresenta transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, que é  o TDAH. Já a sua compulsão por mel explicaria sua barriguinha famosa, que pode levar à obesidade. E sua contagem repetitiva dos potes de mel, que seria um transtorno obsessivo compulsivo que é o toque que a gente conhece.

 E dando continuidade aí a saga do ursinho Pooh, nós temos um outro personagem que também é bem um dos principais, digamos assim na série que é o Tigrão. Ele sofre de TDAH, esses pesquisadores no mesmo estudo que Carol citou, observou que ele é bastante distraído. Ele é indiferente a tudo o que acontece ao seu redor. Ele não consegue ficar quieto, ele toma as decisões muito impossíveis, sabem. E essa impulsividade traz até alguns riscos que ele acaba tendo lá no desenho e além disso, tem um outro desenho animado que é muito querido por crianças e adultos também, que também caracterizam TDAH. São criaturas bem pequenininhas, bem fofinhas, amarelas, agitadas. O que vocês acham que?

Não são os bolsominios.

É quase isso, tira o bolso, fica os minions, isso são  os minions gente, aquela do desenho do Meu Malvado Favorito. Essa agitação deles falta de atenção e de foco. Eles sempre estão agitados, não ficam parados um segundo sequer. Então, além de ser um fato marcante, assim, aquela característica dos personagens, quando a gente pensa em minions, a gente é atrela a isso, é isso também é uma característica do TDAH.

Dando continuidade aos personagens do o ursinho Pooh, eu irei falar sobre o leitão, o Abel e o Bisonho, o leitão, ele demonstra atitudes de uma ansiedade nervosa. Ele sempre está preocupado excessivamente, seja para conseguir mel ou com o Pooh, e seus amigos, não consegui está relaxado, possui dificuldades para dormir e sempre senti uma sensação que algo ruim vai acontecer sem nenhuma razão. Isso incapacita ele de ter uma vida tranquila. Já o Abel, que é aquele coelho do desenho, é obcecado por organização e fica muito estressado quando algo está fora do lugar. Uma característica do toque, alguns pesquisadores acreditam que ele também tem traços narcisistas, porque se considera muito importante e que só ele sabe o que é melhor para tudo e todos. E temos o Bisonho, um burro no desenho, a gente nota que ele sempre está triste, cabisbaixo, desmotivado, sofrendo de insônia e com muito mau humor. Consideram que o caso dele pode ser o mais grave a distimia, um subtipo crônico de depressão.

A minha gente. Esse desenho que Maíra citou eu sentia muita angústia ao ver, porque eu ficava muito triste, velho, sério.

 Tem uma Vibe meio deprê, né? Alguns personagens, na verdade. Principalmente o burrinho, bichinho.

E para encerrar essa saga do ursinho Pooh, eu vou falar agora do Guru, da Cam e do Cristóvão. O guru, ele é um Canguru, é um Canguru que ainda tem idade, assim como se fosse uma criança, ele simboliza ali uma criança em sua idade, que muita gente confunde ele com um Ratinho. Ele é um personagem distraído que às vezes ele gosta de se isolar no mundo e usa como saída a bolsa da mãe dele, que é a Cam. Então ele se esconde sempre na bolsa que a mãe dele tem ali para se esconder das pessoas e do mundo para não ter que interagir com as outras pessoas. Sendo assim, ele apresenta traços de autismo e a Can é o tipo de mãe solo para o Guru que ela é responsável por ele, sobretudo, então, ela se preocupa muito com o filho, com a criação dele, principalmente pelas atitudes dele, que gosta de ser mais, é guardadinho no mundo dele. Ele tem esse traço mais retraído e isso gerou um transtorno de ansiedade social nela. E por fim, o Cristóvão que ele é o único humano do desenho. E é aí que viu o grande questionamento, o plot vem agora. Que é quando é levado em questionamento o seguinte, e se tudo isso que o Cristóvão vê, na verdade, é uma alucinação, uma coisa da cabeça dele, porque, convenhamos, é um pouco estranho você conversar com animais, não que você não converse. Acho que quem tem pet conversa com o seu gatinho cachorro. Enfim, mas ele conversa de verdade e ali ele vive num mundo onde ele conversa, interage e sabe da história dos animais. Então, pelo menos, não dessa maneira, seria uma forma. Normal de conviver com esses animais e é aí que vem o diagnóstico dele de esquizofrenia.

Meu Deus, é babado, viu? E dando oportunidade a esses quadros de esquizofrenia. Além do Cristóvão, tem a Alice, do desenho Alice no País das Maravilhas e tem também o Patolino, é a Alice. Ela vê coisas fora da realidade, ela começa a conversar com lagartas, vê gatos flutuando e há uma distorção do tamanho das coisas, dos horários, do tempo.

É porque ela bebe.

 E do espaço também, chega ao ponto dela normalizar isso como uma realidade e o Patolino, ele tem sinais de insegurança. Ele não confia nem em ninguém. Eu não sei se você lembra, mas ele é um personagem bizarro assim. Ele não tem nenhuma habilidade de socialização e ele é muito temperamental. Além disso, ele tem delírios e alucinações também, além de um discurso de pensamentos totalmente desorganizados.

Um dos grandes sucessos do curta metragem de tal gênero são os Looney Tunes todo mundo alguma vez na sua vida já assistiu alguma coisa dos Looney Tunes. E entre os seus personagens mais populares, nós temos o Pernalonga, aquele coelho que está sempre mastigando a cenoura, então vê só gente, eu vou descrever para vocês. Acho que características principais dele tá certo, ele travesso, engraçado, impulsivo e muito agitado. Se vocês já notaram, mais  no filme, enfim, no desenho, ele faz perguntas sem fim. Toda vez que você pergunta alguma coisa, ele já tem outra pergunta para a sua resposta. E ele também tem mudanças de humor muito fortes e súbitas, então, do nada, ele está aqui, feliz, alegre é e surge o mau humor e já fecha a cara. Então, assim tudo isso são sinais do transtorno de personalidade que a gente também conhece, como transtorno de borderline e, por outro lado, esse mesmo personagem. Se vocês já notaram, ele tem uma tendência a estar sempre mentindo. Eu acho que chega um ponto que ele nem percebe isso, já chega a ser natural, então. Isso também tem uma denominação que é chamada mitomania. Mas não para por aí, gente. Tem um terceiro diagnóstico também para o Pernalonga, que é um personagem bem complexo. Como vocês viram que é o transtorno da personalidade antissocial, porque ele é um personagem vingativo. Ele demonstra frieza em algumas atitudes. Tem traços de crueldade também. Em alguns atos dele, ele é manipulador. Ele gosta muito de viver disfarçado. É a maior parte do tempo, é de mulher, a maioria dos disfarces dele, não sei se o autor quis trazer algo com isso. Essa coincidência, mas caracterizaria mais um transtorno. Então a gente fecha o Pernalonga como um personagem com 3 transtornos diferentes. Olha só.

Não quero assistir mais não viu?

E bota complexo nisso. Ainda dentro dos  Looney Tunes, vou apresentar mais um caso, que é o da Vovó Grani, que é aquela idosa que é a dona do pássaro Piu-piu , do gato Frajola e do bulldog Hector. Quando analisamos suas cenas, percebemos algumas coisas, ela está entrando no estágio de demência e, aos poucos, começando a ter delírios. Ela também mostra tendências da confusão, quebra a linguagem e até mesmo irritabilidade e agressividade. Esses são os sinais da doença de Alzheimer, que supostamente podem ser o transtorno dessa personagem.

Esse trecho familiar para vocês. Foi no filme da Frozen, que traz a personagem da Elza, a primeira lésbica da história.

Olha a Damares.

Lembrando que esse podcast não é indicado para crianças.

 Então gente , o filme Frozen traz como personagem principal a Elsa . Que ela sofre com um transtorno psicológico, nesse caso, a ansiedade e depressão. E esse quadro foi originado devido a um trauma, traumas que ela traz da história dela e é confirmado pela autora Jennifer Lee, ou seja, tudo isso começou com a seguinte história. A Elsa durante uma com a irmã mais nova dela,  acaba machucando ela, que se chama Ana sem querer, já que ela já tem poderes mágicos, que não se sabe de onde vem, mas são presentes na vida dela e lá no comecinho do filme, numa brincadeira, ela acaba machucando a irmã e nessa brincadeira aí é que vem o início desse transtorno psicológico dela, essa ansiedade, esse medo de machucar as pessoas. Então Elsa, se sente muito culpada e nisso ela passa a se esconder do mundo todo e das demais pessoas. Ela deixou de fazer coisas que ela gostava muito, como brincar com a irmã dela ou fazer bonecos de neve, patinar no gelo, então toda essa recreação, todo esse lazer, passa a ser uma coisa que nem faz mais parte da vida dela quando criança.

É tipo um trauma, né Darla?

Exatamente, e isso só vem agravando, deixando pior que ela se torna uma adulta da qual ela sofre com esses traumas ainda. E o filme se desenrola a partir disso.

 Então saindo desse mundo sapatônico, brincadeira saindo desse mundo gelo. A gente vai agora para o mundo dos mares que a gente vai começar a conversar sobre a Ariel. Que é doida A Pequena Sereia. Ela sofre de um transtorno que é chamado de disposofobia, que é um distúrbio de acumulação na linguagem popular, tem uma cena dela que é bem visível que a gente pode observar isso, que ela tem uma caverna cheia de entulhos. Aí Ariel, ela começa a colecionar quase tudo que ela via dos humanos. Até um garfo entrou no meio dessa história, que ela guardou lá. E como uma boa acumuladora, ela tinha muita dificuldade de se livrar desses objetos, porque ela se apegava demais a eles.

 Pois é pessoal e dando continuidade a esse mundo dos mares, temos a mais um personagem que fez parte da infância de todos nós, eu acredito, particularmente amava e ainda amo. Às vezes assisto, é um personagem muito alegre, que morava no abacaxi, vestia calças quadradas. Quem é ?

Bob Esponja calça quadrada.

Poxa cantoras. Então, gente. O Bob Esponja tem uma teoria aí que ele tem um distúrbio genético chamado síndrome de Williams Beuren, então essa desordem é bem rara e eu vou citar assim as características dela para que vocês entendam melhor. Então essa mudança genética, essa alteração causa uma facilidade de comunicação do relacionamento. É nessas pessoas acometidas muita simpatia, um grande amor por música a gente vê no desenho que o Bob Esponja, ele sempre está cantarolando felizinho. E ele também toca, inclusive, às vezes, até irrita o Lula molusco. Esse jeito dele é os sons altos que ele gostava de montar em alguns episódios. Enfim, é fora essa questão da música também tem exagero nas expressões faciais, dos gestos, ao se comunicar. Ele é bem como eu posso dizer?

Um pouco exagerado.

É  exagerado, uma definição boa. Ele também costuma usar os termos incomuns. E é muito intenso emocionalmente. Ele é um personagem muito sensível isso daí, todo mundo já notou. E a gente assim, tem umas análises que o pessoal faz pegando a imagem, da aparência de pessoas reais que sofrem com essa síndrome e do Bob Esponja, então tem uns traços que batem na aparência, sabe o nariz pequeno um lado proeminente, uma boca entreaberta, a dentição dele quando a gente assiste o desenho, pode pensar que é por querer remeter a um traço infantil por ser um desenho infantil que é aquela dentição incompleta, só que isso também é um traço da síndrome. E a expressão dele que ele está sempre quase sempre sorrindo, sorrindo. Então o Bob Esponja aí tem as características dessa síndrome.

O último personagem que eu trouxe para vocês foi a Bela do desenho A Bela e a Fera, e eu, particularmente, sempre estranhei esse desenho desde pequena e vocês vão entender o porquê. Não sei se vocês já ouviram falar, mas eu já e o que ronda por aí é que a Bela sofre da síndrome de Estocolmo. Adivinha o porquê? Quem assistiu, sabe que ela se apaixona pela fera, seu próprio sequestrador, e eu ficava meio que tipo, mesmo pequena, sem entender porque essa menina, ela está se apaixonando por quem está prendendo ela. E ficava assim, tipo, ela é doida.

E ainda mais um bicho feio.

Né não.

Aquele bicho é feio. Cego.

Olha o preconceito. Mas é uma vibe muito louca você se apaixonar por alguém que te sequestra.

Ele não é feio é rústico.

Essa opinião é quase unânime, diferente dos outros que trouxemos, exceto pela Emma Watson, a atriz que interpreta a Bela na versão live action da história a Emma disse que não acredita que seja. Estocolmo porque a Bela se apaixona aos poucos pela fera, e é pelo seu coração, personalidade, algo assim. Ela também cita que, em alguns momentos, a Bela bate de frente com a fera, que não seria uma característica da síndrome. Lembrando que Emma não é psicanalista e nós muito menos.

Só inxeridas.

É isso aí, mas eu não acredito na versão dela e sim na teoria inicial. Inclusive, eu acho que é um relacionamento nem um pouco saudável.

Então, gente para finalizar os personagens, eu vou sair um pouco desse eixo de desenhos fofinhos e princesas. Nada contra, eu assisto a Barbie. E eu vou agora para um dos maiores heróis dos quadrinhos, que é o Batman. Muito fã, inclusive, e a teoria de um dos transtornos que ele teria é o transtorno de personalidade esquizóide, porque ele é conhecido por uma incapacidade de manter relacionamento a longo prazo e é provável que ele sofra também com transtorno de estresse pós-traumático, que é. Claro, é totalmente normal, considerando o fato dele ter testemunhado a própria morte dos pais. Eu acho que qualquer pessoa ficaria traumatizado vendo isso. Possivelmente é o que torna ele depressivo, ele não consegue ter uma vida social. A única coisa que ele pensa é defender o crime e isso vem da perda que ele teve. Ele perdeu as pessoas mais importantes da vida dele. E com a sua identidade real escondida, ele desrespeita essas leis e ele se arrisca mostrando uma tendência meio antissocial.

Certo, gente. Então, a intenção da gente foi trazer para vocês essas curiosidades. Algumas pessoas podem até ter uma noção, mas muitas não. Diversos personagens do desenho trazem isso. Ana Darla citou a Barbie até lembrei que alguns podem falar que ela é anoréxica, é extremamente vaidosa também da anorexia, tem a Olivia palito, entre outros. Se a gente for aprofundar.

 O trauma vai ser grande, se a gente começar a falar demais.

Vai passar o dia aqui. Então a gente separou só alguns mais interessante sobre um tema e outro. E a gente também trouxe o Pooh, porque é o Pooh que é um personagem que é o desenho inteiro, é impressionante.

 E fica aí realmente uma observação, comecem a ver agora os desenhos de uma forma mais crítica, porque muitos deles trazem assuntos escondidos porque é voltado para o público infantil. Mas os adultos também podem assistir e eles associam coisas melhores que as crianças normalmente. Não conseguem ver abertamente como a gente.

Lembrando que a intenção da gente não é traumatizar ninguém, continuei assistindo os seus desenhos que eu vou continuar também os meus.

Mentira foi traumatizar sim.

Então é isso gente..

Eu quero agora todo mundo assistindo o Pooh,

A minha gente eu gosto.

Eu gosto dos Baby Looney Tunes.

Mas Carol, odeio.

Me dá uma angústia, mas é isso galera. Valeu, espero que vocês tenham gostado desse episódio.

Escutem muito, compartilhem, curtam e sigam a página do @conteinersaúde no Instagram. E é isso. Tchauzinho. Tchau, galera.

 

Episódio: O mundo invertido dos personagens de desenhos animados.
Apresentação: Ana Darla, Karol, Mayra e Viviane.                                  Coordenação: Luiz Miguel Picelli Sanches

5/5

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