[Metaverso da Saúde] Fake News e Saúde

Fala pessoal, eu sou Eduarda. Bem-vindos a mais um episódio do podcast metaverso da saúde, um podcast do contêiner saúde que é um projeto vinculado ao centro acadêmico de Vitória da Universidade Federal de Pernambuco, idealizado pelo professor Luiz Picelli.

E aí galera meu nome é Matheus.

Oi, pessoal, meu nome é Alana e hoje nós vamos conversar um pouco sobre a relação entre fake news e a saúde na atualidade. E para dar início ao que eu acho que é um ponto muito importante a ser abordado é o que seria a fake news. E aí, gente, o que vocês têm a dizer sobre isso?

 Então, a tradução literal de fake news seria notícia falsa, mas o real significado de fake news seria a criação de notícias falsas com consciência que elas são mentirosas, mas elas são produzidas com a intenção de provocar algum dano.

É, a gente pode ver isso bem de pertinho. Agora, nessas eleições deste ano, que assim, sem querer falar nada, ser apartidário, mas ok. O G1 publicou que tiveram várias dessas notícias falsas e foram recebidas, claro, pelo TSE, que é o tribunal superior eleitoral neste ano, nessas eleições. Foram 372 ações registradas na justiça eleitoral e 85 delas, que dá um total de 26% foram ligadas a fake news. Entre 15 de janeiro e 10 de outubro. Ou seja, é uma prática que vem sendo bem difundida aí pelo Brasil, principalmente nessas eleições.

Caramba, e o pior é que essas fake news não só ocorrem no âmbito da política, elas também vão sobre passar isso e vão entrar no âmbito da saúde. Tanto que, durante a pandemia, a gente viu várias fake news sobre a vacina.

 Então é, tinha cada coisa absurda, coisa louca. Assim que você olhava e dizia não faz sentido nenhum. Mas tinha gente que acreditava. Infelizmente, por exemplo, o pessoal falava que a vacina contra a COVID-19 dava autismo, que modificava o DNA do ser humano. Então era coisa ilógica.

Só deixando claro a gente que a vacina não entra em contato com o DNA, nenhuma delas tem a capacidade de alcançar o núcleo da célula. A moderna e a Pfizer que são vacinas, RNA mensageiro, nem o vírus. Elas vão ter só parte do gene dele que vai codificar a proteína Spike, as próprias células do organismo vão produzir a proteína e aí vai você vai ter a resposta contra o vírus a outras vacinas. Tem uma lógica que também é parecida, que é fazer seu corpo agir contra a proteína Spike, que é ela que vai estar na superfície do SARS-CoV-2. Em nenhum desses casos, a vacina tem contato com o núcleo da célula. Então como ela vai alcançar o DNA e causar qualquer alteração?

É essas coisas que foram citadas é basicamente a pontinha, só a ponta do iceberg dessas fake news sobre saúde no geral, que é o tema da gente, porque é uma coisa até absurda para gente que é da enfermagem, mas que teve a vacina da poliomielite e esse ano foi uma coisa que nunca vista. Já é uma doença erradicada aqui no Brasil e a gente só conseguiu alcançar 54,21% do público alvo da vacina. Então essas fake news aí tem um papel muito importante nessa baixa adesão dessas vacinas.

E eu estava até lendo sobre isso para um trabalho da faculdade e tal, e a gente viu que simplesmente as pessoas deixam de vacinar os filhos por acreditar que a vacina causa a própria doença. Autismo, até mesmo câncer.

É uma tristeza como estudante de saúde, ter que explicar como a vacina não causa nada disso. A gente sabe que a vacinação é a melhor forma de estar protegido contra vários vírus e bactérias, além de manter o povo seguro porque impede que doenças se espalhem no nível agravante e causem uma epidemia, no caso, a gente tem uma pandemia.

É para vocês verem, então como essas fake news atrapalham e podem ser fatais como foi nessa pandemia.

Sabendo como essas notícias falsas podem influenciar diretamente a vida das pessoas. O episódio de hoje é voltado para esse contexto.

É muito perigosa a circulação de notícias sobre a vacina que matam, de dietas milagrosas, alimentos que curam, doenças graves, tratamentos alternativos para doenças. Também preocupa bastante esses pontos.

É, e tem até artigo publicado este ano na revista Science, que é uma revista bem renomada no mundo sobre ciência, claro, e ele fala que a divulgação dessas notícias falsas. A propagação dela na real, ela é mais rápida dessas notícias falsas do que as notícias verdadeiras, porque criam uma pulga atrás da orelha das pessoas, bora dizer assim e faz com que elas peguem e divulguem essas notícias buscando saber a verdade. Só que não é uma coisa muito boa de se fazer, porque ele só vai achar mais notícia falsa e tem gente que até utiliza disso dessa má informação das pessoas para conseguir propagar isso.

E até porque essas notícias, geralmente, são meio chocantes, então as pessoas a nossa isso é verdade. Acabam compartilhando até acreditando que seja uma verdade mesmo.

Sem filtrar nada, né? Que o problema é esse, na irresponsabilidade das pessoas, de certa forma ou na falta de informação, basicamente.

Bom na enfermagem mesmo. O próprio enfermeiro pode ajudar nessa luta contra as fake news. Todo o profissional de saúde tem um papel importante na sociedade, porque ele acaba atuando como educador e até o promotor da saúde, quando o paciente chega em você com alguma dúvida ou só dizendo com certeza mesmo sobre algo sobre a vacina, algum tratamento, algo do tipo, faz parte do papel do enfermeiro explicar para o paciente como aquilo funciona e fazer e explicar de uma forma que ele entenda e também consiga explicar aquilo para outras pessoas.

É exatamente. São muitas alternativas que a gente pode usar para conscientizar essa população. Mas a principal é esse contato é do postinho com a população, da população com postinho como queira. Que ele possa sanar as dúvidas das pessoas que forem e por ser esse primeiro contato é da população com os serviços de saúde. Então ele vem a ser bem eficaz, podendo sanar essas dúvidas para desmentir qualquer loucura. Que o pessoal tenta colocar na cabeça da população e a gente que vai estar lá nesse postinho, que vai atuar como agente da verdade.

É exatamente isso. A enfermagem tem um papel importantíssimo nisso. Até o COFEN aderiu à carta de profissionais de saúde contra fake news, onde eles falam pouco sobre as mentiras pregadas na pandemia e o uso de medicamentos como cloroquina para a cura da covid e  etc.

Então, galera, o assunto está bom, né? Está polêmico do jeito que a gente gosta, mas está na hora de a gente entrar no nosso quadro de perguntas e respostas, o QEA?

Bom, começando aqui, né? Com as perguntas, a primeira é: Qual a importância da vacina?

A vacina é muito importante não só para a proteção individual, mas também é importante para a proteção da população. Num todo, como a gente viu justamente no caso da pandemia, agora a vacina é um passo muito importante para diminuir a incidência da propagação do vírus.

Então, uma coisa que trouxe uma polêmica muito grande agora na pandemia, foi que a população não estava entendendo que não era só tomar a vacina e voltar à vida normal, e esse problema não ser resolvido fazendo assim dessa forma. Mas por que isso?

Então é importante lembrar que só tomar a vacina não vai resolver, até porque se esse vírus ele passa de pessoa em pessoa, ele. Pode mutar e acaba que a eficácia da vacina vai diminuir, porque ele pode mutar exatamente nesse foco ou nesse ponto alvo que a vacina vai estar combatendo, mas ainda assim a vacina vai ser o método mais eficaz de combater.

Ainda no tópico de vacinas, quais são os tipos que a gente tem?

É falando sobre vacinas, né? São 4 tipos de vacina. Vou falar das virais que são classificadas como vacina atenuadas, ela contém o vírus vivo, só que não tão vivo, ele é atenuado, ou seja, enfraquecido em laboratório e contém algumas sub unidades desses vírus inativos, então ele vai impedir que esse vírus ele se multiplique, porque é exatamente esses agentes químicos que eles botam sobre esse vírus vão impedir no caso que eles se multipliquem.

Além disso, a gente também tem a vacina viral de RNA, no qual vai ser pegado alguns fragmentos desejados desse RNA e induzidos na população, fazendo com que assim a célula produza uma proteína específica que vai promover uma resposta imune.

As vacinas inativadas, o outro tipo, e elas vão ser utilizadas na prevenção de várias doenças, como a influenza, poliomielite, raiva, hepatite A, os vírus inativados eles vão ficar dessa forma, eles vão ser meio que mortos, vão ser mortos entre aspas porque vírus não ser vivo, mas eles vão saber o que mortos. E eles vão conseguir fazer isso por meio de métodos químicos, particularmente, eles usam muito formol e o detergente.

Mas, além disso, como profissional de saúde, pode combater as fake news?

É como a gente já falou até antes. Como profissional de saúde ou os profissionais de saúde que já estão no mercado, vão atuar frente a frente com a população, sendo agentes, educadores e tirando essas dúvidas, explicando, conceitos e atuando de uma forma mais próxima à população.

Gente, a nível de curiosidade, o que a gente acha importante também vocês saberem é que desde 2018, o Ministério de saúde, ele lançou uma rede de comunicação a partir do WhatsApp, que vai estar lá sendo responsável por esclarecer algumas fake news. O número é 61 99289 4640 e, além disso, OMS também tem um número.

É a OMS, tem esse número aí que ele já vem há algum tempo trabalhando nisso e tentando driblar essas fake news é e eles planejam, planejaram, ou tentaram, atingiram, enfim 2.000.000 de pessoas. É levando essas informações confiáveis sobre o novo coronavírus. Inclusive usei e assim foi até bem bom no auge da pandemia, eu não sabia onde que eu buscava informação, eu fui lá e adicionei realmente eles respondem e também tem esse WhatsApp que funciona em português, então tem como a gente ter acesso a isso.

Eles enviam dados sobre prevenção, explicação do vírus, formas de transmissão do vírus e também atualizam o número de casos de COVID-19, além de outras estatísticas, inclusive no Brasil. Para quem está interessado em ter esse serviço, basta você adicionar um número que é 4122 501 7735. E aí para eles falarem com você, você manda uma mensagem, oi? E aí eles mandam os dados que você quer.

Então é isso, amor, a gente vai ficar por aqui com esse lembrete para sempre checar as informações e as fontes que você está recebendo também. Ter certeza que elas são confiáveis. É isso, meus amores, tchau.

Isso gente, tchau, tchau e só lembrando também que a gente tem o nosso Instagram contendo saúde, onde vocês podem estar mandando as perguntas para gente usar aqui no podcast.

É isso aí, galera. Tchau, tchau. Um forte abraço e até a próxima, beijos.