Podcast – [Metaverso da Saúde] Povos Yanomami
[Metaverso da Saúde] Povos Yanomami
No episódio de hoje, Alana, Duda e Matheus conversam um pouco sobre quem são os Povos Yanomami e fazem um pequena explicação de sua história e alguns fatores que podem ter levado à crise humanitária que está acontecendo com essas pessoas.

Fala galera, bom dia, boa tarde, boa noite, estamos começando aqui mais um episódio do Metaverso da Saúde, um podcast ligado ao contêiner saúde, um projeto vinculado ao Centro Acadêmico de Vitória da Universidade Federal de Pernambuco e ele é idealizado e orientado pelo professor Luiz Pichelli.
Meu nome é Matheus e hoje estou aqui com duas amigas também para a gente conversar um pouquinho sobre o tema que está muito em alta agora que é sobre o povo Yanomami.
Olá gente, eu sou Eduarda Duda.
Olá gente, sou Alana.
E a gente vai começar falando um pouquinho sobre quem são esses povos, quem é o povo Yanomami. Hoje sua população total é em torno de 38.000 indígenas, os dados são mais ou menos lá de 2019 e esses povos, eles tem em torno de 180 povos diferentes que fazem parte desses Yanomami e até o século 19 basicamente eles não tinham contato com o mundo externo eles só tinham contato entre eles e a partir dos anos 1910 a 1940 é que eles foram sendo visitados, podemos dizer assim.
É que começaram a vir mais garimpeiros, que foi ali junto com um governo militar um pouco mais na frente, começa a vir os garimpeiros e aí eles começam a ter o contato com os não indígenas que primeiramente, eles tinham contato ali somente com as aldeias vizinhas.
Isso, esse contato também se deu porque nessa época o governo brasileiro estava começando a fazer as estradas, então pela localização dele ser bem remota e não ter essa questão de estradas e tal, quando eles começaram a fazer foi que eles foram tendo esse contato maior com o mundo, com os não indígenas como você falou.
É legal também ressaltar que eles tem tipo uma demarcação territorial e eles ficam aqui entre o Amazonas e a Venezuela.
Essa questão dessa demarcação também começou a partir dos anos de 1970 de uma forma mais forte, mais presente e foi como Duda falou que por ter esses garimpeiros, ter esses garimpos lá presentes, na época eles também tiveram muita resistência, porque se a população era sei lá de 28.000, 30.000 indígenas, só de garimpeiros eles tinham uma estimativa de que haviam sei lá, 40.000 garimpeiros e eles tinham que fazer essa dispersão.
Não só na época, ainda hoje existe uma grande resistência para tentar proteção desse território.
Sim, continua com muitos garimpeiros, que ele vai falar até deles sendo retirados de lá, de onde não deveriam estar.
Exatamente, mas então sobre a cultura, a gente tem que os Yanomami são um povo que eles vão acreditar muito na igualdade entre as pessoas. Então a gente vê que eles não têm um líder específico para a comunidade, mas sim eles dividem ali como é que aquilo vai ser feito e eles se juntam e decidem entre eles, não tem algo de tipo, aquela pessoa que a gente colocou ali resolveu isso, é todo mundo que senta, conversa e decide, não tem um chefe, é um consenso e eles também têm já a partir desse negócio da igualdade, eles têm uma divisão de tarefas que como a maioria das vezes acontece nos povos, os homens fazem a caça e as mulheres ficam ali na parte da agricultura.
Mas é interessante ressaltar também a importância que eles dão às pessoas mais velhas, eles vêem como líder e questão até de mais conhecimento de planta, de território e até espiritual, e também tem uma relação muito grande com as crianças, elas começam a introduzir a caça muito cedo, com 5 anos as crianças já começam a ir caçar.
Sobre a questão de caça que a gente até botou aqui mesmo na pauta e tem essa questão do curare que é basicamente um extrato de planta que eles fazem e é um conhecimento assim que é passado de geração para geração e, o que é esse curare? É um extrato como já falei, mas que eles colocam na ponta da lança e quando eles vão caçar de arco e flecha, quando esse extrato ele tem contato com o músculo, ele paralisa a presa, aí você pergunta, mas e quando comer? Será que não tem problema?
Não, porque a saliva, o trato gastrointestinal acaba degradando tudo isso e esse curare ele não vai ter feito sobre a gente quando é ingerido por via oral.
É genial, eles realmente têm um conhecimento muito grande já que a forma que eles se sustentam é justamente pela caça, então eles não tem meio que esse comércio, eles realmente caçam e plantam o que eles comem, que é a problemática que a gente vai ver mais na frente um spoiler de que está sendo afetado e por isso que está tendo toda essa treta aí, toda essa condição que a gente está vendo.
É interessante ver que não é uma relação de exploração, eles realmente têm um conhecimento não é qualquer planta que é utilizada, não é de qualquer forma que ela é utilizada, eles também têm conhecimento muito amplo sobre os animais, eles conhecem cerca de 500 espécies de pássaros desde novo desde 5, 12 anos.
E é um respeito muito grande que eles têm pela Terra e pelos animais, que até tem um videozinho que eu vi que foi em um site (que eu tenho que pesquisar agora), mas acho que é Survival International, um negócio assim, que é uma ONG que é Internacional e é muito voltada para essa questão dos povos originários, dos nativos e aí tinha um vídeo do líder do povo Yanomami, que é Davi, eu não vou falar o sobrenome dele porque eu não quero assassinar o belo nome dele, mas ele estava falando sobre como é respeitada a terra e quando os garimpeiros vão lá, eles não vêem à Terra como algo que deve ser respeitado, não vêem a terra como algo que é de si próprio. Eles têm muita essa ideia de que a Terra, o planeta, os animais e as árvores e tudo mais, elas não são nossas, elas são algo que estão ali e a gente toma um pouco de proveito delas, mas eles nunca têm essa relação de ser superior a ela, é algo que eles precisam e que eles acabam usando, mas tendo muito, muito, muito respeito.
É o que a gente deveria ter também, mas assim, esse saber que eles tanto prezam, porque de fato muita gente também acaba denominando os povos originários como guardiões da floresta, justamente por isso, por eles terem esse entendimento que , “bem eu preciso da floresta para viver, eu vivo na floresta basicamente, então eu tenho que preservar aquilo que é meu sustento” e a gente vê muito que eles têm essa ideia, eles têm esse entendimento, só que a gente vê que quando pessoas vão para lá com outras culturas ou com outras finalidades, como os garimpeiros, a gente vê que eles não têm esse mesmo cuidado, eles não têm esse mesmo respeito, não tem esse mesmo entendimento e acho que acaba gerando toda essa problemática que a gente vai trazer mais na frente em torno do que está acontecendo.
Exatamente, é esse o problema, porque quando os garimpeiros vão para lá, eles não só destroem a natureza, como eles contaminam e é até um problema futuro que a gente pode falar sobre até a desnutrição, porque muitos desses riachos e animais eles vão estar contaminados.
É de fato, porque a gente sabe que nos fundos dos rios, no solo, enfim, por exemplo tem mercúrio, só que ele está lá, ele está sendo deposto lá, possivelmente tem um pouquinho ali por cima e tal é normal, só que quando é retirado, quando esses ferimentos são retirados do fundo e eles são agitados do jeito que eles fazem para meio que “peneirar o ouro”, esses metais pesados não vão estar lá mais no fundo, eles vão estar na água como um todo. Então isso atrapalha bastante, porque aí mata os peixes que eles dependem de como foi falado, a vida deles é em torno da caça e da pesca, a sobrevivência deles é em torno disso, então você já tira a pesca, aí já não está bom, porque vai matar os peixes essa grande contaminação por metais pesados até para eles também, porque eles vão estar ingerindo aquela água e com essa chegada de vários garimpeiros, quantos 1000 pessoas novas vão estar indo pra essas terras e eles vão também estar fazendo uso e caçando animais lá e isso também vai diminuir essa oferta de animais selvagens para eles, então isso aí vai refletir diretamente na nutrição como a Alana falou.
E fora isso, a relação também que eles têm com a natureza tem até uma questão meio cultural, espiritual, que eles acreditam que mexer nesse negócio de garimpo, pode trazer como se fosse uma diminuição da vida relacionada à questão de tipo morte mesmo, que proporciona a morte.
E enfim, além do garimpo ser um negócio prejudicial não só de todos os fatores que Mateus falou, mas também que essa água que era utilizada para o banho desse povo também não vai mais poder ser utilizada, porque ela não vai estar mais pura como ela estava antes.
Não só para banho, mas também para consumo.
Exatamente para todas as outras coisas que ela podia estar sendo ali utilizada e os garimpeiros, eles não só trazem essa problemática aí do metal pesado, mas também tem as doenças que eles vão acabar levando e os povos indígenas não têm uma resistência, uma imunidade à doenças que são comuns para a galera que é não indígena. Então o povo indígena têm essa vulnerabilidade que não está sendo respeitada, porque a galera vai lá, os garimpeiros vão levando essas doenças e tem a questão da prostituição também, é uma problemática assim gigantesca que afeta muitas áreas.
Até questão de prostituição, não somente a prostituição, mas a gente sabe também da violação desses povos que é bem complicado.
Como você falou, a gente já vai entrar no âmbito da saúde e assim, por ser em um local muito remoto que é no extremo norte do país, é bem complicado levar essa saúde para lá e, como é que funciona essa saúde? A gente sabe que é bem difícil, porque vemos que em lugares menos remotos já é complicado isso, a gente sabe que lá no norte e até aqui no nordeste, é bem complicado a gente levar essa saúde com qualidade e como é que a gente vai fazer para levar isso para lá? É bem complicada essa questão e é aí que entram outras discussões do tipo, por que está acontecendo isso lá agora? Muitas vezes até por questão de represália dos próprios garimpeiros que não queriam que levassem saúde para esse povo, muita coisa estava sendo privada dos povos Yanomami que já são complicados de lidar, porque a gente sabe que tem a questão cultural e quando a gente vai trabalhar com os povos originários e com qualquer público na verdade, a gente tem que respeitar aquela cultura deles e a gente tem que entender como é que funciona, até para você trabalhar, como até estava conversando com vocês a pouco, eu já cheguei a conversar com lideranças indígenas de uma tribo daqui de Pernambuco e ele disse que para trabalhar lá na aldeia a pessoa tem que passar por uma triagem e tem que ser aceita por eles, então não adianta mandar qualquer pessoa para lá que eles não vão aceitar, porque essa pessoa tem que entender como é que funciona a cultura, essa pessoa tem que ter respeito.
E eu acho que até a questão de autonomia mesmo desse povo, eles precisam ter essa autonomia preservada, saber que eles têm um poder de quem entra ali também.
Até porque ele já não tem respeitado ali o território que deveria ser deles, tem a demarcação ali por lei, que eu não lembro agora qual é o tamanho, mas é tipo o segundo maior reservatório que tem do Brasil e é tipo gigante o espaço que deveria ser deles e que está sendo invadido e desrespeitado, então essas coisas que parecem ser pequenas é muito importante para eles e a gente tem que respeitar.
E sobre essa questão do território também, são cerca de 9,6 milhões de hectares.
É grande para um povo grande que usa uma área grande, eles realmente deveriam estar usando aquela área inteira, porque é deles, deveria ser deles.
E só por questão de saúde eu acho que a maioria das pessoas ficaram até vendo sobre notícias que relatam como essas pessoas passam por um grande nível de desnutrição, inclusive eu acho que o Ministério da Saúde fez um estudo há pouco tempo que mostrava que a mortalidade infantil tende a estar aumentando a cada ano e apesar de outras tribos indígenas estarem diminuindo lá, só tá crescendo e aí está muito relacionada essa desnutrição por conta da mineração inclusive.
Exatamente, como o Mateus já citou anteriormente todos os fatores ali de acabar assustando a caça, que é um meio que eles usam para se alimentar, contamina os rios, contamina também a pesca, contamina o solo que é onde eles iriam plantar. Então como é que eles vão se nutrir? Como é que eles vão nutrir as crianças se eles não têm comida? Tudo o que eles comem está contaminado, está infectado, se eles não comerem eles morrem e se eles comerem eles também estão morrendo.
E até escassez mesmo, porque quanto mais a população garimpeira entra, mais ela desmata, mais ela mata os animais e entram em escassez mesmo de alimento. Então tem a desnutrição por nutrientes e também tem a desnutrição porque os alimentos estão contaminados, então muita gente morre com aquilo, inclusive no documentário da Netflix, eu acho que não vou lembrar agora o nome, mas se você pesquisar documentário Netflix sobre Ianomâmis vai aparecer e é interessante ressaltar que eles falam do cuidado até no comer tipo, “eu posso comer isso?” “Não é melhor não comer isso porque você pode morrer”, então tipo assim, eles viram com essa contaminação que o número de mortes lá foi aumentando e não só pela contaminação, mas por essas doenças que eles estão levando.
É complicado, porque era um trabalho que estava sendo executado e foi executado arduamente por muitos anos para dar melhores qualidade de vida a essas pessoas e prestar assistência a elas, porque existe essa resistência dessa parte e também de certa forma da parte dos não indígenas de respeitar e até assistindo alguns vídeos e algumas reportagens antigas de alguns anos atrás, lideranças indígenas mesmo que falavam que estavam melhorando, que estava tendo menos mortalidade, eles estavam tendo uma melhor assistência. Só que a partir de alguns desleixos de parte de governantes, acabou que começaram a esquecer esse povo e começou a deixar garimpo entrar, começou a facilitar essa entrada desse pessoal e dificultar para quem já estava lá, para quem cuida da floresta, então é bem complicado isso.
Então galera, como a gente falou é muito difícil levar essa saúde pra lá e eu pesquisando, estava vendo que antes o modo dessa saúde chegar lá, apesar dos serviços de saúde que tinham lá, que realmente tem que ter, essa saúde era levada para lá por meio de ONGs e de expedições dos expedicionários da saúde, eles em relação com o exército fazem essas expedições com pessoas voluntárias e levavam para lá essas campanhas, levavam também hospitais de campanhas que se instalava nas bases do exército e levavam os indígenas que aceitacem ir pelo ar com aviões (transportes aéreos) ou por barcos, do jeito que desse para eles irem, eles levavam o máximo possível e eu também estava vendo que quanto mais passava o tempo, mais aumentava os agendamentos, porque no começo eles não acreditavam muito que ia dar certo e pouca gente das aldeias ia aceitando ir porque eles faziam pequenas cirurgias, faziam consultas e tal, mas eles ficavam meio receosos, aí quando as primeiras pessoas iam e dava certo e eles voltavam aí mais gente queria ir.
E acho que até a questão de criar um laço, uma confiança também quando chega algo novo, algo que assusta, mas depois de um tempo, algumas relações são estabelecidas e traz uma certa confiança, até principalmente para eles que lidavam com pessoas que os exploravam.
De fato.
Então tipo assim, chegou um povo novo e a ideia é que também vão explorar eles, então é difícil entender que vai fazer o bem.
Eu falei disso porque a partir desse pandemônio que está acontecendo lá agora, já vem trazendo o caos instaurado. Muito se falou dessa Força Nacional do SUS e, o que é essa Força Nacional do SUS? Ele tem o mesmo intuito desses profissionais da saúde, só que eles são ligados ao governo, funciona de uma forma diferente, porque eles não passam duas semanas em campanha ou uma semana, mas eles têm uma inteligência que a gente pode até fazer depois um episódio explicando direitinho como é que funciona, mas falando por cima, eles têm uma inteligência que eles vão, vêem como é que deve ser feito aquela intervenção naquele lugar e vêem quais são os profissionais que são necessários para aquele momento e levam, e nisso eles fazem “rodízio” de um mês cada profissional. Então, a Força Nacional do SUS também só atua quando é decretado estado de emergência, o estado realmente de calamidade, mas que é muito interessante isso, a ideia é justamente essa, levar saúde para um lugar que não está recebendo de uma maneira adequada.
Um tópico importante, já que vai trazer diferentes profissionais, é o respeito à cultura dessas pessoas, porque obviamente essa comunidade vai se vestir de uma forma diferente, vai falar de uma forma diferente, às vezes não fala nem português e eles vivem a vida de um jeito, de um modo que deve ser respeitado, porque você consegue atuar ali e promover a saúde deles sem você ter que mexer nisso, então é o seu papel ali, é o máximo que você pode fazer sem impor algo a eles, você está no território deles, você que tem que respeitar eles.
E aí relacionando também com os princípios do SUS, seria a universalidade, integralidade e a equidade e assim cabe também que o SUS promova isso para essa população, eles também fazem parte do Brasil, eles também precisam ser incluídos nisso e aí cabe também que a saúde deles não seja só visada agora na época de emergência, mas elas sejam acompanhadas devidamente.
De fato, até porque Yanomami quer dizer o que Duda?
Seres humanos (meu conhecimento Yanomami).
E é necessário que todo mundo seja assistido pelo SUS, independentemente de onde ele esteja, então é muito importante isso aí.
E a gente já vem com a parte da atuação do enfermeiro nessa crise obviamente, a gente tem o programa que Mateus citou que é voluntário, então caso você seja graduado e você tenha interesse, você não vai receber, enfermagem por amor, por favor ajude os Yanomamis, você pode se inscrever, não só enfermeiros mas também dentistas, o que mais?
Médico, fisioterapeuta eu acho também.
Exatamente, toda a área da saúde tem um espaçozinho que vai ser muito útil para essa crise em particular.
Exatamente, como eu falei, a gente até pode explicar depois melhor em outro episódio como funciona, porque tem muita coisinha também que é bem interessante a gente saber que eu, por exemplo, não sabia e fiquei sabendo a partir do momento que eu fui pesquisar depois.
Eu nunca tinha ouvido falar, também não acho.
Muito bem gente, a gente vai entrar agora no nosso quadro do Q&A (Questions and Answers) que a gente responde perguntas que alguns de vocês mandaram, a primeira vai para Mateus, porque a força nacional do SUS foi convocada?
É isso aí, eu falei tanto aí da Força Nacional do SUS…
É o embaixador (embaixador do SUS no Brasil).
Bem, a Força Nacional do SUS foi convocada porque é como eu já tinha dito, ela só é convocada quando é decretado estado de emergência e pelo que foi visto com várias crianças desnutridas, várias pessoas com vários problemas de saúde e naquela fragilidade, então foi decretado um estado de emergência e foi necessário a Força Nacional do SUS. Quando você se torna voluntário, você não está se voluntariando especificamente para aquela operação, porque no covid, por exemplo, a Força Nacional do SUS também atuou, então pessoas que já atuaram no covid podem ser convocadas agora também, ou seja, você fica naquele cadastro e você vai atuar naquelas condições como eu falei, o rodízio de um mês, a depender de como a inteligência daquela operação esteja trabalhando e entenda que aquela especialidade é necessária, também quando você se voluntaria lá, pede pra você contar qual a sua especialidade, então conforme a sua formação e a necessidade daquele povo você vai ser convocado. Essa questão da força ter sido convocada foi exatamente isso, que a gente também falou da questão do enfermeiro atuar e muitos enfermeiros também foram convocados porque o enfermeiro trabalha muito com essa questão de emergência, independentemente de ser pré hospitalar ou intra hospitalar, então eu acho que o enfermeiro nessas situações é de grande valia a atuação dele.
Então amiga, eu estava lembrando do início do podcast, e teve um negócio até que você falou que eu fiquei em dúvida e queria tirar agora na hora da pergunta, você falou que não tinha liderança logo no início e depois tu falou assim, “o líder da via”, eu fiquei tipo, hã?
Erros de comunicação.
Basicamente, realmente o povo não tem um líder específico, entretanto, porque esse descaso com o povo indígena tá numa situação tão deplorável, tem o líder meio que assim, representante que botou a cara a tapa mesmo, já que o povo Yanomami não é conhecido por interagir fora das aldeias e é o líder que eu citei que é Davi Kopenawa, ele que é o líder para representar, mas eles não têm realmente um líder para eles.
É basicamente descentralizado essa liderança dele.
Eu vou te jogar mais uma pergunta, por que os garimpeiros estão sendo retirados da Terra dos Yanomamis?
Então, a gente falou de todas as ****** que o garimpo traz e está tendo uma operação de retirada que é para meio que expulsar dessa terra os garimpeiros e é massa que os garimpeiros estejam sendo retirados da terra dos Yanomami, sendo que é necessário que tenham cuidado, porque tirar eles de lá não quer dizer que eles não possam acabar invadindo outro local, então tem que ter essa fiscalização que é até o que eu vou trazer, como as pessoas no geral, que não seja os indígenas, podem ajudar ao se depararem com a invasão da terra indígena?
O ideal é que denuncie e aí a gente tem alguns meios de denúncia, a gente tem o Disque 100, que vai denunciar contra violação do direito humano, a gente também vai ter a Funai, que vai ser responsável por observar isso, a invasão dos territórios indígenas e a gente vai ter a Cimi, eu acho que é assim que se fala, que seria exatamente um site de denúncia também para quando tem a agressão do povo indígena. Além disso, os próprios indígenas, eles também se protegem, eles vão enfrentar também os garimpeiros para retirar do local deles.
E é isso gente, o episódio vai ficando por aqui, quem gostou curta, tenham acesso ao Instagram, também tem uma caixinha aqui de pergunta, vocês podem estar sugerindo os outros temas de podcast pra gente e é isso, beijão.
É isso aí galera, forte abraço e lembrando ao pessoal pra você responder essa caixinha de perguntas é só você ir lá no Spotify e arrastar para cima e vai aparecer essa caixinha.
O famoso, arrasta para cima.
Beijo amores.
Episódio: Povos Yanomami
Apresentação: Alana, Duda e Matheus
Coordenação: Luiz Miguel Picelli Sanches
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