Podcast – [Metaverso da Saúde] Força Nacional do SUS

Centro Acadêmico de Vitória - UFPE

Podcast – [Metaverso da Saúde] Força Nacional do SUS

[Metaverso da Saúde] Força Nacional do SUS

A Força Nacional do SUS é um programa voltado para o trabalho voluntário de inscritos em casos de emergência. No episódio de hoje, Matheus e Alana explicam mais a fundo sobre o tema, além de explicar sobre como, onde e quem atua. 

Oi, oi galerinha, tudo bem com vocês? 

Meu nome é Alana e esse é mais um episódio do nosso podcast Metaverso da Saúde, um podcast do contêiner saúde que é um projeto vinculado ao Centro Acadêmico de Vitória da Universidade Federal de Pernambuco. E ele é idealizado pelo professor Luiz Pichelli.

Fala galera, meu nome é Matheus e como a gente já havia falado em outros podcast, em programas passados, a gente vai falar hoje sobre a força nacional do SUS. E aí, você sabe o que é essa força nacional do SUS? Você tem alguma dúvida sobre essa força nacional do SUS? A gente vai conversar um pouquinho e tirar algumas dúvidas hoje.

Primeiramente a gente vai começar falando sobre, o que é essa força nacional do SUS?

Ele é um programa que foi criado pelo Governo lá em 2011 e que tem várias missões, vamos dizer, mas ele é principalmente voltado para assistir, prevenir e repreender situações epidemiológicas. E o que é isso? 

É dar assistência, prevenir “possíveis pandemias”, e repreender essas situações, quando está começando a “explodir” alguma doença, eles têm essa missão de chegar lá e repreender para que essa doença não se espalhe, essa endemia não se espalhe.

E a gente separou tipo uns quatro pontos de atuação para a gente ter mais ou menos uma noção onde eles vão atuar. Basicamente, o primeiro ponto de atuação vai ser a partir de desastres naturais, por exemplo, aconteceu uma enchente, um deslizamento de terra e eles vão ser acionados para atuar lá. Também em casos de gestão de eventos, pode ser evento de saúde ou pode até ser uma olimpíada, alguma coisa mais esportiva, e tem também a área de desassistência. Como é isso? Basicamente, a rede de apoio, ela vai servir para áreas indígenas que não estão sendo bem assistidas ou até mesmo UBS que estão precisando ser reformuladas.

E além disso, ele também vai atuar em tragédias, por exemplo, acho que uns podcasts atrás a gente falou sobre a Boate Kiss e a tragédia que teve ali, então seria uma possível área de atuação. E aí falando também um pouquinho sobre as áreas assistidas dos indígenas, a gente lembra logo de um outro podcast que a gente fez, e aqui a gente tem que assistir muito podcast tá galera, e é sobre os Yanomamis e a gente lembra que foram cerca de 39.000 voluntários inscritos e eles tiveram uma atuação muito importante, com enfoque na malária. Lembra que a gente falou lá que a maioria dos casos estava relacionada à malária, até porque muitas vezes a população que ia lá para fazer mineração, acabava levando essa doença para eles e por conta da desnutrição, isso também era agravado. Então aqui a gente vai ter uma clara atuação.

É exatamente, e como Alana falou sobre essa questão de desassistência que acontece quando o Governo, seja municipal ou estadual ele está com alguma dificuldade de fazer essas intervenções eles podem sim solicitar que a força nacional do SUS seja solicitada, porque eles têm essa finalidade basicamente assistencialista, de levar essa assistência na melhor qualidade possível para esses lugares que estão em fragilidade para essas áreas que estão frágeis naquele momento e por algum motivo estão sendo desassistidas ou não está sendo assistido de uma maneira legal.

E aí a gente vai entender um pouquinho como funciona. Eu falei que em alguns âmbitos que a Força Nacional do SUS podia atuar, mas eu não falei o tipo, como funciona essa atuação e de que forma. Basicamente, a gente tem primeiro uma missão exploratória que vai ser uma relação entre a força nacional do SUS e também ministérios locais, que vão fazer uma atuação em uma sondagem sobre qual a necessidade desse território. Tendo visto essa necessidade, eles vão dividir em nível de resposta, pode ser nível de resposta um dois ou três, primário secundário ou terciário e aí o nível de resposta 1 seria mais um monitoramento, encaminhamentos, alguns direcionamentos. Já o nível de resposta 2 seria mais uma orientação, alguma coisa desse tipo. Mas o nível de resposta 3 é aquela que a gente está mais acostumada a ver, que a gente vê a atuação da própria Força Nacional do SUS atuando, levando enfermeiros, UTIs, emergências, testes rápidos, que vão ser falados até um pouquinho mais na frente o que é levado.

No caso, enquanto o 2 é mais básico, esse nível de resposta 3, ele seria uma coisa mais avançada, por exemplo, como a gente viu na COVID-19, como por exemplo que a gente ouvia muito falar daqueles hospitais de campanha, então esse seria o nível de resposta 3.

E assim o nível de resposta 2 tem um apoio, mas é exatamente o que você falou, não é um apoio tão grande quanto o nível de resposta 3.

E aí a gente vai falar um pouquinho como funciona para participar. Eu acho que agora, com a questão dos Yanomamis todos ficaram meio curiosos de como é para participar e mais abaixo a gente vai falar realmente como é feita a inscrição, mas é interessante ressaltar que os profissionais de saúde eles devem fazer o cadastro vitalício, ou seja, você faz o cadastro uma vez e você fica vinculado ao projeto, pois podem ser convocados a qualquer momento para operação. E aí eu vou falar um pouquinho para vocês como funciona para participar, os profissionais que eles se voluntariam, eles fazem um cadastro vitalício e eles podem ser convocados a qualquer hora. Lembra que eu falei um pouquinho antes que eles fazem uma missão de sondagem? Então, aí vai decidir quais os profissionais que precisam ser convocados e aí esse rodízio funciona assim, cada profissional de saúde ele vai ficar por um mês. Como assim? “Há um mês vai ter médico, um mês vai ter enfermeiro?” Não. A gente sempre vai ter médico, enfermeiro, todas as áreas necessárias, mas aí esses profissionais ficam por um mês e são substituídos por outros profissionais.

Até para questão também de desgaste físico e emocional, porque sabemos que não é tão fácil assim você trabalhar nesses momentos tão difíceis como a gente já falou que são realmente momentos críticos.

E até porque sai do seu conforto, do que você idealiza que seja uma tranquilidade, eles não estão com a família, não estão em casa e além de ver a situação de lá, ainda é mais desesperador você não ter aquele conforto.

Eles não estão no local deles de serviço, então fica bem complicado. Então a gente falou tanto desses profissionais, mas quais são esses profissionais que podem se voluntariar? Basicamente toda a área da saúde e suas adjacências podem se voluntariar. Quem são eles? Assistentes sociais, biólogos, biomédicos, condutores de veículos de emergência, “o famoso condutores do SAMU”, dentistas, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, profissionais de educação física, psicólogos, socorristas, técnicos em auxiliar, (que eu não sabia nem o que era técnico em auxiliar), que são aquelas pessoas que trabalham até com manutenção e tal, técnico em enfermagem, radiologia, TO (terapeuta ocupacional) e veterinário. E por que esse tanto de profissionais? Porque foi como a Alana falou, a inteligência vai entender o que aquela área está precisando e vai convocar esses profissionais, então a gente não pode deixar restrito somente ao médico enfermeiro por exemplo, precisamos dessa equipe multi dessa equipe interdisciplinar, então é bem interessante essa gama de profissionais que podem se voluntariar.

E como é que faz para se voluntariar? Esse tanto de gente pode se voluntariar, mas como é que vai fazer para se voluntariar? Bem lá no site do Ministério da saúde, eles disponibilizam um forms, porque aí você vai colocar várias informações, eu vou falar aqui quais são as informações, até para ficar mais fácil vocês entenderem como é que funciona e vou estar explicando. Nesse forms você terá que informar seu nome completo, a sua formação, a sua especialização, caso haja, área de atuação, se é intra hospitalar ou se é pré hospitalar, o número do conselho de classe, por exemplo, para nós enfermeiros, a gente tem que botar lá o número do Coren, se há disponibilidade de viajar ou não, porque como foi falado, essas missões podem ser até internacionais, então se você não tem essa disponibilidade de fazer viagens, então você coloca lá sua cidade, seu estado e coloca se pode ou não viajar, porque caso haja alguma missão na sua cidade, então como você não vai precisar viajar, você vai ter uma certa disponibilidade. E essa questão também de você fazer ela de uma forma vitalícia, então não é “Ah não me voluntariei agora para a missão Yanomami, então não vou ser mais chamado”. Não, pode ser que você seja chamado sim para outra missão, caso haja. 

Voltando, você vai ter também que colocar seu estado de origem, como já falei, o número do celular e e-mail pra eles entrarem em contato com você, basicamente, ter um canal com você, e se domina outros idiomas, por que se domina outros idiomas? Como eu já falei, essas missões podem ser até internacionais, então, se você dominar outros idiomas vai ser legal e também às vezes a gente também não só vai atender brasileiros, pode ser que nessas missões nós atendamos pessoas que vêm de fora. No Rio +20, por exemplo, vem gente de fora, então ter esse domínio de outros idiomas é um diferencial também e seu currículo Lattes atualizado para eles investigarem como é basicamente seu currículo. E em que casos eles podem ser acionados?

Eles podem ser acionados na pessoa do ministro da saúde, que no momento agora é Nísia Verônica Trindade Lima, “Alô Nísia, queremos você aqui no contêiner”. E o ministro da saúde ele vai solicitar que essa força seja contatada e estados que forem declarados que há uma emergência em saúde pública. Então, quando é decretado que está em calamidade pública, a força nacional do SUS pode ser convocada sim.

Por exemplo, foi agora na pandemia, inclusive você citou que teve hospitais de campanhas e teve muitas cidades que estavam se declarando.

Exatamente, e assim, geralmente a gente vê quando realmente o presidente chega lá e fala, que estamos em um estado de calamidade pública, que estamos em um estado de emergência, ele também já entra em contato com o Ministério da saúde e eles fazem essa ação conjunta, até porque tem que ser uma coisa toda pensada toda trabalhada e tem que ter essa inteligência realmente dessa operação para que seja uma operação que surta efeito. Então, pode ser também solicitado pelo próprio comitê gestor da Força Nacional ou então, os entes federados, ou seja, os estados, assim a grosso modo, eles solicitem essa Força Nacional do SUS. Então eles vão ver se realmente cabe ou não a atuação, mas também questões de fora, como falei, podem ser solicitadas, então em várias e várias situações eles podem ser solicitados, mas que cumpram todos os requisitos necessários para eles atuarem, porque também não pode ser uma coisa tão banalizada, até porque as pessoas estão indo voluntárias, às vezes tem que deixar seu trabalho, então fica complicado estar sempre saindo por motivos que poderiam ser resolvidos somente com aquela força da saúde que tem naquele estado, tem naquela cidade e não está sendo bem assistido por conta de uma gerência mal feita, então é importante que cumpra todos esses requisitos.

É interessante ver que eles são solicitados, mas eles chegam lá e têm uma interligação naquela área de sondagem, eles têm uma interligação para montar os equipamentos e eles precisam ter esse apoio do município, porque sem o apoio do município, estado ou federal, eles não conseguem atuar no local. E isso a gente vê também na questão dos indígenas, eles precisam do apoio, eles precisam que disponibilizem material, teve muita disponibilização também de kits rápidos para teste e também de tratamentos rápidos.

Exatamente, também é uma parceria muito grande com as forças armadas, porque a gente entende que nessas áreas extremas assim, essas áreas tão remotas há uma dificuldade de deslocamento para lá e, geralmente, quem tem um deslocamento mais facilitado, querendo ou não, ou já tem um reconhecimento daquela área são as forças armadas, então realmente essas parcerias que são feitas ajudam bastante, e é potencializado essa questão da intervenção.

E é isso gente, infelizmente hoje a gente não vai ter o quadro de Perguntas e Respostas, porque algumas perguntas eram de formas muito práticas e a gente achou melhor não abordar hoje. E a gente vai ficando por aqui gente, beijão. 

Beijão especial hoje para Duda, que infelizmente está com um probleminha com o gatinho dela. Melhoras Alfredo.

É isso aí galera. E vamos ficando por aqui, foi um episódio mais rápido, mais sucinto, mas espero que tenha esclarecido bastante, tirado algumas dúvidas de vocês e até o próximo episódio, um forte abraço, cheiro.

E é isso aí, pessoal, estamos encerrando aqui o episódio, lembrem de escutar os episódios anteriores, dar seu feedback e a gente também tem uma caixinha de perguntas, você que está acessando pelo Spotify é só arrastar para cima que vai aparecer essa caixinha de pergunta, mande a sua dúvida, agradecemos a sua interação. Valeu.

 

Episódio: Foeça Nacional do SUS

Apresentação: Matheus e Alana

Coordenação: Luiz Miguel Picelli Sanches

5/5

 

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