Para comemorar os 55 anos da televisão pública em Pernambuco, Um servidor do antigo canal 11, construiu sua sede no Second Life, aquele velho metaverso persistente em existir, como uma homenagema aos 55 anos de criação da tv universitária. A partir de novembro de 2023, os avatares que transitarem nas redondezas da grid Spinold Flats, podem conferir uma instalação de arte tecnologia interativa, feito por Charles Martins que expõe a antena de televisão mais alta do metaverso. No seu topo, os visitantes podem observar uma paisagem para muito além dos limites de renderização e capacidade de processamento das atuais placas de vídeo. Trata-se de um dos objetos mais altos existentes no metaverso: a ponta de sua antena emite seu sinal a uma incrível altura de 3900m, chegando ao ponto limite do metaverso conhecido como DIE_WITH_OFF_WORLD. Objetos que ultrapassam esse limite são literalmente jogados fora do mundo por meio de uma função em LSL (liden Script Language), desmaterializados num peculiar tipo de dark hole do ciberespaço.
A plataforma da antena tem um piso que exibe diversos efeitos moiré conforme movimentamos a câmera. Tais ‘defeitos’ ópticos aparecem como espectros na imagem e como uma estética da própria textura do vídeo. Abaixo da antena, diversos televisores rememoram a sala de engenharia da TVU, proporcionando interações que fazem o visitante literalmente sair do ar até o topo da antena, como comenta o visitante Lady Gucci:
“A experiência foi de tirar o fôlego. Fui lançada a muitos metros de altura, numa velocidade tremenda, levando meu avatar até o topo de transmissão final da antena, onde pude observar a primeira logo da emissora emitindo partículas em onda para todo o metaverso. Durante a queda fui surpreendida por diversos skyboxe, coisa que não fazia ideia que estavam nesta altura do ciberespaço“.
A obra fica em cartaz até 2024, sendo posteriormente transferida para a reserva técnica do museu virtual da pesquisa do CEDOC, armazenado para exibições temporárias em várias sandboxes espalhadas pelo metaverso.
pesquisa: memória no metatarso – Charles Douglas Martins